“Who’s your
biggest fan?” – Chunk Palmer
Teacher’s Pet foi bem melhor do que E.J.. Não só pelo fato de
ter tratado de um assunto bem delicado, mas simplesmente por ter sido bem mais
“pé no chão” se formos analisar a questão de aproximação com o que acontece na
vida real, afinal, casos sobre estupro são noticiados todos os dias. Porém não
como esse, que foi bem mais complicado do que o normal.
Em Nova York, a idade de consentimento é 17 anos, ou seja,
quando uma pessoa dessa idade se relacionar com outra mais velha, não é
considerado estupro. Porém os pais de Jordan Henderson pareciam discordar das
leis da cidade, movendo um processo contra Susan Bryant, professora de inglês
do garoto. Ambos os envolvidos na situação afirmavam, com todas as forças, que aquilo
era amor, que eles iriam construir uma vida juntos, que ele iria assumir o
filho que ela estava esperando, mesmo sendo do coitado do ex-marido.
Porém o caso não era o que parecia. A verdade era que Bryant
não precisava amar ninguém. Ela precisava de alguém para amá-la
incondicionalmente. Para celebrar qualquer mínima vitória com ela. Ela
precisava de uma balcony person e qualquer um poderia se candidatar para o
emprego. Mas logo ela veria que não era o suficiente e arrumaria outro. Achei
esse conceito de “balcony person” extremamente interessante e, parando para
pensar, conheço pessoas que são assim, procurando atenção em todo lugar, de
toda forma, para se sentirem um pouco melhores consigo mesmos.
Outro ponto forte do episódio foi a identificação de alguns
personagens com a situação de Jordan. Primeiro foi Chunk, que viu Henderson
passando pela mesma situação que ele quando decidiu parar de jogar futebol.
Depois da confissão que ele fez a Bull, percebi o quão o personagem é
importante demais para ficar preso apenas à transformação física do cliente. Essa
situação do Palmer me lembrou de uma coisa que sempre digo a mim mesma, de que
desistir não é sinal de fraqueza. É sinal de sabedoria. E ele foi muito sábio
decidindo optar por um caminho diferente.
Além dele, Danny também se colocou na situação do casal, uma
vez que seu namorado tem oito anos a menos que ela. Porém nesse caso tudo era diferente:
os dois gostavam das mesmas coisas e um não estava tentando mudar o outro para
que pudesse se sentir melhor. Fiquei bem satisfeita quando vi que a conversa
com Jason ajudou-a a enxergar que, da mesma forma que ele a admirava, ela
também fazia o mesmo e os dois continuam firmes, fortes e fofos.
Tivemos a Liberty nesse episódio e torcia muito para ela
fazer mais participações, sempre com Benny como second chair, mas aí já é
querer demais. Fiquei um pouco chateada por tê-lo visto pouco no episódio? Sim.
Talvez um pouco mais do que por não ver tanto Marissa e Cable, que apareceram
em um pouquinho mais de cenas, mas é algo superável. Mas, sério, Liberty foi
ótima, como sempre, e merecia pelo menos um convite de Bull para fazer uma
experiência trabalhando no TAC.
P.S.: Jason
Bull, you sneaky SOB. A técnica de ter deixado a chata da Wendy fazer
todo o trabalho foi genial.
“The
apparent reason for something often isn't the reason for it at all.” – Doctor
Jason Bull
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