A tentativa de dar significado a uma história há muito sem sentido.
O que é pior? Estragar um personagem bom ou tentar dar importância a um personagem que sequer foi apresentado de uma maneira digna? Revolution prova nesses dois episódios que consegue fazer ambos com muito mérito.
Esses dois episódios foram um amontoado de tentativas de criar estranhas conexões com personagens avulsos. Tais quais o pai de Rachel, que muda constantemente de lado. Ou a namorada de Aaron, que mesmo diante da verdade da causa da morte do marido, continuou esbanjando apatia ao perdoar com facilidade o autor. E não nos esqueçamos dos vilões instantâneos que aparecem e são derrotados em um piscar de olhos, sem dar tempo suficiente para que você realmente torça contra alguns deles, como seria a ordem natural das coisas. Sem contar, claro, a questão do "qual o motivo para combater os patriotas afinal?" que me pergunto exaustivamente a cada cena.
Como se não bastasse, vimos os nanites se convertendo em alucinações para Aaron que agora vive no limiar entre a loucura e a sanidade. Não consigo entender o sentido nessa storyline em meio a todas as outras. Quer dizer, Revolution está ampliando o erro cometido na primeira temporada de abraçar o mundo com as pernas, sem focar em uma ou duas linhas, antes optando por falar sobre tudo, sem conseguir desenvolver nada direito.
Outras coisas que presenciamos foi a continuação do desperdício de bons personagens. Tom Neville continua em sua saga sem sentido, agora encontrando a esposa, o que tira completamente a motivação de vingança pelo qual ele se movia nessa segunda temporada. E Bass continua a ganhar a sombra quando foi impedido de continuar Miles e os outros.
Restando apenas um episódio antes do hiatus, me pergunto: o que mais falta para Revolution e seus roteiristas perceberem que chegaram no limite? É hora de acertar esse roteiro, ou pelo menos reconhecer que não está conseguindo dar conta do recado. Enfim, nos resta saber.
E você, o que está achando dessa temporada? Comente!
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