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Jéssica Ohara Jéssica Ohara Author
Title: MEU DESERTO, MINHA ARRAKIS, MINHA DUNA
Author: Jéssica Ohara
Rating 5 of 5 Des:
Ver Duna é saber que Dennis Villeneuve acertou mais uma vez. E quem discordar é fascista. Entre melange, deserto, visões, fé e destinos, tem...


Ver Duna é saber que Dennis Villeneuve acertou mais uma vez. E quem discordar é fascista.

Entre melange, deserto, visões, fé e destinos, temos o início da lenda de Paul Atreides contada para o mundo. É sempre muito difícil adaptar um livro, imagina só um dos mais vendidos do mundo e que inaugurou um gênero? A equipe de roteirista de Duna não se curvou diante da pressão e entregou uma obra a altura do livro e ouso dizer adaptada nos pontos certos com perfeição.

A história conta um futuro longínquo da humanidade, no qual as pessoas passaram a viver em feudos, só que planetários com casas sendo responsáveis por planetas e impérios. Aí está a Casa Atreides, governada pelo Duque Leto no planeta Caladan. O crescimento de seu prestígio causou discórdia ao Imperador que vê nele uma ameaça a sua linhagem. Por isso decide dar a ele um presente de grego, o planeta Arrakis, única fonte conhecida da melange, especiaria responsável por abrir caminhos para a viagem espacial. 

O Imperador visa criar uma briga entre os Atreides e os Harkonnen, outra casa que antes controlava Arrakis. Duna é sobre política e fé, não só religiosa, mas em si e nos outros. A adaptação mostra um Paul, filho de Leto, confuso sobre o próprio futuro e o de sua Casa, mas que devido aos treinamentos da poderosa e antiga ordem Bene Gesserit dados por Lady Jessica, sua mãe, ele tem visões sobre as possibilidades de futuro e sente um chamado do planeta que ainda nem conheceu.

Esse primeiro filme (sim, o segundo já foi confirmado) se dedica a mostrar a mitologia desse universo criado por Frank Hebert, isso sem deixar o expectador longe da história principal. A história conseguiu transpor para a  tela grande o clima que se tem ao ler Duna. Timothée Chalamet faz um Paul jovem que ainda precisa conhecer a extensão de seus poderes, brilha no estilo sad boy, sem deixar de expressar emoções mais profundas. Lady Jessica, interpretado por Rebecca Fergunson, nos dá uma grande protagonista feminina que mexe mais com a politica do que qualquer homem poderia.

Mesmo com mudanças dos personagens originais, os atores foram extremamente bem escolhidos, não nos deixando margem para reclamar de qualquer coisa. Falando em mudanças, Duna é uma obra conhecida por seu teor orientalista, isso não passa despercebido na adaptação, mas foi modificado de forma que pode ser visto o olhar crítico sobre a obra original e as escolhas do que pode ser mantido ou não.

A fotografia é magnífica, sendo impossível pra mim não imaginar que esse vai ser o próximo filme a ganhar o Oscar da categoria. Esperemos ansiosamente por mais fremens, guerras e revelações. Até 2023.

TRAILER DUNA

                                                                                                                                                                                                                      

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