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Penúltimo livro de uma saga de sete volumes, Canção de Susannah é um livro chave para os leitores que acompanham a série, revelando e desenvolvendo alguns dos mistérios que povoam A Torre Negra. Mia roubou o corpo de Susannah Dean, usando o poder do Treze Preto para transportá-la para a Nova York de 1999, onde pretende dar à luz em segurança ao seu "chapinha". Mas quem é o pai da criança? E que papel desempenha o Rei Rubro nessa história? Para salvar a Torre Negra, é preciso não apenas resgatar Susannah, mas também manter em segurança o terreno baldio de Calvin Tower, antes que ele perca o local para a Corporação Sombra. Para isso, o restante do ka-tet se une aos Mannis, tentando abrir um portal na Gruta do Vão da Porta. Enquanto Eddie e Rolland aterrissam no Maine dos anos 1970 e Jake, Oi e Callahan perseguem Susannah por Nova York, a trama se arma para um final duplamente explosivo que deixará o leitor ansioso pelo próximo livro.
Lobos de Calla já havia nos preparado para o que este livro nos traria, mas ainda assim é possível um pequeno choque para se acostumar com a velocidade e com a narrativa do 6º livro da saga de Roland e seu ka-tet.
Em Canção de Susannah acompanhamos uma narrativa dividida em três partes que se intercalam. Temos Mia em busca de conseguir um nascimento seguro para seu chapinha e com isso poder atingir seu objetivo pessoal de ser mãe, junto de uma Susannah que quer entender o que acontece ao mesmo tempo que busca uma saída.
Nessa jornada temos mais palestras que ações, mas isso nos ajuda a compreender ainda mais o mundo que King criou. Com pequenas pinceladas no papel do Rei Rubro e seus seguidores, conseguimos nos aproximar de um entendimento maior da trama.
Ao mesmo tempo temos Jake, Oi e Callahan também em Nova York para encontrar nossa protagonista. Quis o ka que fossem eles em sua busca e com isso nos vemos acompanhando não só aqueles que conhecíamos, como também uma face ainda não vista. Somos apresentados à lados de Callahan e Jake que podem ser primordiais para o futuro da Torre.
Mas sem dúvida a melhor trama é a de Roland e Eddie. Com a típica ação e palestras que permeiam todos os livros da saga, ansiamos por seus trechos cada vez que sua história é interrompida. Vemos toda a sagacidade em combate de Roland uma vez mais e todo o potencial de Eddie para debates e convencimento.
Mais do que isso, a presença do próprio Stephen King adiciona um outro lado à Saga. Sempre fomos capazes de compreender que a Torre está no meio de todo o vasto mundo criado por King em seus mais diversos livros. Mas ver como o autor se vê no meio disso tudo é ainda mais emblemático.
Canção de Susannah por não ser o favorito de muito no meio dessa saga, eu mesmo o acho menos interessante que os livros que o precederam, porém é impossível deixar de lado sua relevância. Ele é a última porta, a última passagem antes de atingirmos a Torre e descobrirmos o que nos espera na última sala. É uma última ligação para amarrar o que podia ser amarrado, antes do gran finale.
TÍTULO: Canção de Susannah
AUTOR: Stephen King
TRADUTOR: Mário Molina
EDITORA: Suma de Letras
PÁGINAS: 408
ANO: 2011
Livro cedido pela editora para resenha.
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