Combinando humor e romance, Connie Willis, ícone da ficção científica, entrega um livro envolvente sobre os perigos da tecnologia, do excesso nas redes sociais e... do amor. Em um futuro não muito distante, um simples procedimento cirúrgico é capaz de aumentar a empatia entre os casais, e ele está cada vez mais na moda. Por isso, Briddey Flannigan fica contente quando seu namorado, Trent, sugere que eles façam a cirurgia antes de se casarem — a ideia é que eles desfrutem de uma conexão emocional ainda maior, e que o relacionamento fique ainda mais completo. Bem, essa é a ideia. Mas as coisas acabam não acontecendo como o planejado: Briddey acaba se conectando com outra pessoa, totalmente inesperada. Conforme a situação vai saindo do controle, Briddey percebe que nem sempre muita informação é o melhor, e que o amor — e a comunicação — são bem mais complicados do que ela esperava. Mais complicado do que ela esperava.
“Um dos livros de ficção científica mais divertidos dos últimos anos.”— Locus “Um conto de fadas tecnológico extremamente divertido.” — BookPage.
Interferências
Interferências é um livro que propõe misturar ficção científica com romance chick lit. Quando seu lançamento foi anunciado eu fiquei muito ansiosa para lê-lo por causa da capa maravilhosa e por sugerir que teria uma premissa semelhante a série Black Mirror. Foi uma briga de foice para ver qual colaborador o receberia e eu fui a felizarda.
A história se passa num futuro muito próximo do qual já estamos vivendo. Onde as pessoas querem estar cada vez mais conectadas umas às outras da maneira mais rápida possível.
Os personagens principais, Briddey e Trent, mantêm um relacionamento amoroso e trabalham juntos numa empresa rival da Apple e que está num momento turbulento querendo criar algo que possa competir com o novo dispositivo da concorrente. São nessas circunstâncias que Trent pede para Briddey, antes de se casarem, fazerem um EED, um procedimento que permite que pessoas emocionante envolvidas se conectem e sintam as sensações e sentimentos da outra. Ela aceita fazer essa cirurgia mais para agradá-lo do que por vontade própria, indo de encontro com a opinião de sua família.
O problema começa de verdade quando a conexão não acontece da maneira que ambos esperavam. Algo muito estranho saiu totalmente às avessas e aos poucos vamos sentindo a personalidade de cada personagem e a importância de cada um na trama. Minha impressão é que Briddey é uma personagem muito passiva, sem personalidade, meio que sendo levada pela opinião e escolhas dos outros. Sempre agindo de acordo com o que esperam dela ou se escondendo para não ter motivo para ter que fazer algo ao invés de simplesmente não dar satisfação a ninguém já que a vida é sua.
A família dela, só de mulheres, é extremamente invasiva e controladora umas com as outras. Chegam no trabalho e na casa dela a hora que querem e sem avisar, tem a chave da porta. Querem falar ao telefone o tempo todo, praticamente pedindo um diário de cada hora do dia, mas ninguém parece se importar, ou se importar o bastante para mudar isso.
De uma forma geral, não foi o que eu esperava, com muitas partes clichês e o mistério que foi fácil de deduzir logo no começo. A premissa da história foi muito boa, mas mal conduzida com muitas páginas de informações históricas que pretendiam sustentar a ideia da descoberta científica. Ler esse livro foi legal, mas poderia ter sido melhor. Porém me segurou até o fim e por isso pretendo ler o outro livro da autora.
TÍTULO: Interferências
AUTOR(A): Connie Willis
TRADUTOR(A): Viviane Diniz Lopes
PÁGINAS: 464
EDITORA: SumaLANÇAMENTO: 2018
ONDE COMPRAR: Aqui
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