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Andressa Piccinini Andressa Piccinini Author
Title: A RAINHA DE TEARLING: GAME OF THRONES MAS NO FUTURO?
Author: Andressa Piccinini
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Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusõ...


Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda... ou uma tragédia.


Em uma sociedade medieval e futurística  conhecemos Kelsea, filha da última rainha e a verdadeira herdeira do trono de Tearling. Encontramos Kelsea no que parece ser um dos piores momentos de sua vida: aos 19 anos, depois de ter sido criada em uma casa escondida na mata, ela deve voltar a capital de seu reino e assumir seu lugar de direito como rainha. 

Kelsea é diferente da maioria das personagens que conhecemos colocadas nessa situação dentro da literatura. Criada longe de seu reino por medo que fosse assassinada, Kelsea foi ensinada muito mais do que etiqueta e maneiras da corte, foi ensinada a caçar e a se defender, a história do reino e política, direitos humanos e valores. Ela foi preparada, não apenas para ser uma rainha, mas para ser uma rainha boa. 

Quando chega seus 19 anos a Guarda Real da Rainha vem até ela para levá-la até o trono que é seu por direito. Contudo, por mais educada e preparada que Kelsea tenha sido, o reinado de sua mãe e do usurpador, seu tio, nunca lhe foi revelado e ela não está preparada para a situação que vai encontrar no reino e, mesmo apavorada e com medo, impõe suas ideias fortes para trazer a glória de volta ao povo de Tearling. 

O livro, sem dúvidas, me surpreendeu do começo ao fim por diversos motivos. Primeiro, Kelsea não é a típica princesa em perigo que não sabe o que fazer. Ela foi preparada para comandar com respeito e honra e do momento que coloca os pés na capital é isso que faz. 

Em segundo lugar ele é uma fantasia medieval com um twist: ele se passa no futuro. Isso mesmo! Nós ferramos com a terra e agora o mundo está todo errado. Mas, mesmo tendo escravos novamente, rei e rainhas malvadas, algumas coisas da humanidade foram guardadas (como as edições de Harry Potter). 

Em terceiro: o livro é um livro introdutório meio parado, mas bastante curioso. Com inúmeras possibilidades que a autora pode tomar, estou curiosa para saber quem é o secreto pai de Kelsea, o que os pingentes são capazes e o que a Rainha Vermelha de Mortmense está guardando para o futuro. E, aliás, quero mais de Fetch, pois o pouco que apareceu jé me deixou mortalmente apaixonada. 

Talvez, por último, devo acrescentar que provavelmente A Rainha de Tearling é a fantasia distópica mais feminista que qualquer um de nós já leu. Não temos apenas duas rainhas fortes, mas duas rainhas que não dependem de homens, não estão colocadas como pares românticos de ninguém e que seus desejos estão voltados ao seu povo, e não em encontrar um romance. De toda forma, uma leitura agradável e interessante e recomodadíssima. 

Vale dizer que a leitura me remeteu a Game of Thrones com Bela e a Fera, talvez por que a Emma vai fazer Kelsea no cinema - e pois há um personagem muito parecido com o Mindinho no livro e a política do livro me remete muito a série da HBO (não aos livros pois nunca os li). Uma mistura que parece que dará muito certo pois já estou pronta para que tragam a continuação! 

Autora: Erika Johansen
Páginas: 352
Editora: Suma de Letras
Lançamento: 2017
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