Nas profundezas da floresta no Peru, uma massa negra devora
um turista americano. Em Minneapolis, nos Estados Unidos, um agente do FBI
descobre algo terrível ao investigar a queda de um avião. Na Índia, estranhos padrões
assustam pesquisadores em um laboratório. Na China, o governo deixa uma bomba
nuclear cair “acidentalmente” no próprio território.. Enquanto todo tipo de
incidente bizarro assola o planeta, um pacote misterioso chega a um laboratório
em Washington... E algo está tentando escapar dele.
O mundo está a beira de um desastre apocalíptico. Um espécie
ancestral, há muito adormecida, finalmente despertou. E a humanidade pode está
com os dias contados.
A você, amiga (o), que tem o menor dos problemas com
aranhas: não leia esse livro. Eu resolvi arriscar, mesmo com a fobia de aranhas
maiores do que a ponta do meu dedo, achando que poderia de alguma maneira
ajudar, e isso que não gosto nem de ver a capa, tendo que sempre ter algo por
cima. E pense num livro angustiante, por isso que demorou tanto assim pra sair
a review.
Ou leia, porque eu tô nos últimos capítulos, e eles são até
rápidos, tirando dos que são mais principais, como a Melanie, o Manny, a
presidente e o agente do FBI, e os caras sobrevivencialistas que sempre
acreditaram no fim do mundo, o resto foi só pra apresentar as aranhas, e minha
mente nessas horas é meio louca. Eu meio que ignoro que são esses bichos
asquerosos. Eu sei que são aranhas, mas não visualizo, sabe? Mais ou menos isso.
Principalmente nas horas mais nojentas, cabreiras e horrorosas: quando elas
comem pessoas ou qualquer outra coisa.
Pois vamos lá. Como a sinopse vem dizendo: começam a
acontecer coisas totalmente bizarras pelo mundo, e começam a descobrir o que é
por três motivos: China e a bomba atômica, o bilionário, que foi o único
sobrevivente a conseguir escapar do ataque no Peru, só pra morrer na queda de
avião por causa das aranhas que estavam dentro dele (e algumas no avião,
escondidas; entenderam meu nojo supremo?), uma bolsa de ovos que foram achados
nas linhas de Nazca, Peru e foram mandadas pra Melanie, que tem uma linha de
pesquisa especializadas em aranhas na faculdade; e três pós-graduandos pra
ajudá-la, e com essa queda de avião do bilionário, que acabou envolvendo o
agente do FBI. Dai é só montanha abaixo de coisas acontecendo.
Por que sim, já não bastam ser asquerosas, elas tem que
ser aqueles bichos pretos imensos e carnívoros. Quer mais o quê pra um
apocalipse se desdobrando no seu pior pesadelo? Divertido, né?! Imaginem
comigo: aquele pandemônio de começo de apocalipse, todo mundo desesperado,
ninguém sabe o que tá acontecendo, gente morrendo, correndo, fugindo, e o
governo dos EUA tentando de tudo, entender a situação e controlar as coisas.
Para no fim nada dar certo e o terror se espalhar.
E por causa dessa postura americana, tiveram duas coisas que
gostei desse livro: essa pequena mostra de como os EUA é uma potencia mundial e
se mete em tudo, pra sair como herói, e de como o autor mostrou o machismo em
varias partes da história. Por exemplo: quem está no cargo da maior potência
mundial é uma mulher, o que se tornou irônico depois dessas eleições americanas
nessa semana. Enfim, não que questionem o mandato dela, mas isso existiria se
ela se separasse do marido, logo antes das reeleições no próximo ano, galera
não ia votar nela só por isso, e ficou óbvio no livro, fato que o autor soube mostrar
bem. Tem também o cargo de conselheira, um dos grandes cargos, que não vou
lembrar agora, que um dos conselheiros da presidente tem uma atitude meio
melindrosa com ela, só por que é uma mulher. Esse tipo de machismo. E eu achei fantástico. E
vamos notar que: metade das personagens principais são mulheres, fortes, e
fodas, que tem noção do poder que exalam.
Mas voltando a história das aranhas e apocalipse: pense em
uma confusão de sangue e desespero! Principalmente depois que essas coisas
chegam as grandes cidades, como a Índia, e o próprio Estados Unidos. O tanto de
gente que foi morta é uma coisa meio desesperadora. Ninguém tá entendo nada, a
Melanie tá pesquisando o mais rápido que pode sobre os bichos, pra saber tudo e
entender como eles podem morrer. E ver o desespero da galera no poder, mas
que são gente fina, como Manny, por exemplo, e ver o Mike (o agente do FBI),
querendo saber o que fazer é tão desesperador quanto.
Mas eu vou contar que o tanto que eu não visualizei esses
bichos tornou a história muito melhor. Confesso que travei muito porque pensei
que ia ser bastante ruim pra minha fobia. Foi, mas não como imaginava. Deu pra
relevar bastante porque eu fingia que eram umas bolas pretas. E olha, eu
consegui terminar o livro hoje e isso me deixou bastante curiosa pro segundo, já
que o final tem um plot twist sem tamanho, de desgraçar a cabeça. Não sei se
vou conseguir ler, já que só com a primeira leva foi insano desse jeito, com a
segunda quero nem ver.
Um P.S rápido: Mas até nesse meio eu encontro motivos pra
torcer por casais, já tô me vendo comprando (ou pedindo o segundo) só pra saber
o que aconteceu.
Título: A Colônia Autor: Ezekiel Bonne
Editora: Suma de Letras
Páginas: 270
Ano: 2016