“You know
how you hack computers? Well, I hack everything else.” – Angus MacGyver
Para começar, admito que tudo o que tinha planejado para
essa review deu errado. Iria ver o primeiro episódio da MacGyver de 1985 e
comparar as duas, mas não consegui tempo o suficiente para ver as duas. Depois
de assistir ao piloto, vi que foi até melhor, porque, 30 anos depois, eu
realmente não podia esperar ver um Richard Dean Anderson brincando com clipes e
tampas de caneta.
Nunca fui a maior fã de MacGyver do mundo. Mas, por
influência da minha mãe, assisti a alguns episódios no TCM, antes de ir para o
inglês. E foi só nessa época que eu realmente entendi quem era o tal MacGyver
que eu sempre mencionava quando era criança e não tinha a mínima ideia do que
ele fazia. Mesmo assim, ainda não fiquei tão convencida assim para assistir a
todas as temporadas. O mais engraçado é que, quando fiquei sabendo sobre o
reboot, tive que colocar na minha grade. Os motivos variam entre a curiosidade
de ver como o novo Mac seria e a saudade que eu estava de ver o George Eads.
Desde o começo tentei manter minhas expectativas baixas. Já
tinha lido que o piloto teve que ser refeito, então tive medo. Mas admito que
gostei. Bastante, por sinal. O que foi incômodo para muita gente, para mim foi
o ponto alto do episódio: a quantidade de cenas de ação. Sim, havia ação,
perseguição e explosões na série original, mas não em larga escala. Os efeitos
não foram tão horríveis quanto algumas pessoas disseram (quer dizer, aquela
cena do paraquedas foi bem duvidosa), mas poderiam ser um pouco melhores.
O plot foi um pouco clichê e acabou me lembrando de The
Player (ainda não aceito o cancelamento). Eu realmente achei que a infeliz da
Nikki estivesse morta, mas admito que não fiquei surpresa quando ela apareceu e
que estava por trás da venda do vírus. Só tenho um pouco de receio dos
roteiristas amolecerem um pouco o Mac quando o caso tiver algo a ver com a
Nikki, porque é algo que acontece em algumas séries, querendo ou não. Apesar de
ter achado que os dois têm química, não gostei muito dela. Não sei bem o
motivo, mas simplesmente não gostei.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a forma como a
equipe foi apresentada. A pequena descrição de cada um feita por Angus foi boa
porque já deixou bem claro qual vai ser a função de cada personagem ao longo da
temporada. Meu favoritismo pelo protagonista é óbvio, mas Dalton não fica
atrás. Apesar de ser um “Nick 2.0” – palavras da Nassara – eu gostei bastante
do personagem. Sobre o Bozer: guri, o que você está fazendo aí? Nem terminei de
ver Rush Hour e já tem outro personagem do Justin Hires. Se ele for metade do
Carter, já fico feliz.
E não poderia deixar de comentar a forma como as gambiarras
são feitas. Afinal, esse é o principal motivo para a existência da série. Foi
bem interessante ver que, além de Mac explicar o que vai fazer, ainda vai ter a
explicação visual. Espero que continue assim. É claro, existem várias coisas
que podem ser melhoradas na série, mas acredito que eles já estão em um caminho
bom. Porém ainda tenho certo receio sobre o futuro da mesma, uma vez que, para
cada Hawaii Five-0 e Battlestar Gallactica refeitos, existem Knight Rider,
Ironside e outras.
P.S.: Tanto o canivete quanto o míssil me deixaram ainda
mais encantada.
“If you go
kaboom, I go kaboom.” – Jack Dalton


