“Que tipo de Deus cria um mundo onde monstros prosperam, e beleza e pureza são recompensadas com pobreza e morte?”
O que mais adoro nesse episódio é o fato de mostrarem duas situações opostas de pessoas que estão tendo que enfrentar a morte. Enquanto Colum faz a escolha de morrer, Alex passa todo o episódio tentando resistir por mais tempo. Ambos sofrem. Por qual razão vale a pena viver e quando a escolha pela morte é a melhor opção? Bom, a discussão sobre qualidade de vida e eutanásia pode ser atual, pois sempre há tabu quando tentamos falar sobre a morte, mas como podemos ver essas decisões sempre ocorreram. Cortou o meu coração ver Randall e Dougal sofrendo com a morte dos irmãos, mas isso mostrou que mesmo que você seja a pessoa mais temida ou a mais forte isso não impede a morte, não evita o sofrimento.
Outra coisa difícil de ver foi o sofrimento de Mary, tenho muita dó dessa menina. Apesar de toda a força que ela demonstrou, ainda há tanto que pode se quebrar. Óbvio que ela estaria com raiva da Claire agora que descobriu sobre a responsabilidade que ela teve em ter sido privada de mais tempo com o seu amado, mas Claire é a única pessoa que ela ainda pode chamar de amiga. Isso não impediu que Claire aproveitasse a situação para negociar uma troca de informações, pois apesar da situação delicada, eles ainda estão no meio de uma guerra, apenas a três dias da batalha. A única notícia boa em todo o episódio foi ver Claire impedindo que Colum falasse mal de sua amiga e saber que o filho de Geillis continua vivo.
A surpresa que a Claire teve em ter que lidar com Randall após tudo o que ele fez em nada se comparou a reação que esse teve frente ao pedido de seu irmão. Jogar Mary (ou qualquer pessoa ou animal) nos braços de Randall não parece se uma boa ideia, mas Claire estava certa sobre as opções limitadas nesse caso. Murtagh até tentou, mostrando a pessoa maravilhosa que é, mas não havia sentido. Isso não impediu que ele fizesse uma declaração linda e honrada, o que só provou as razões por ele ser a minha pessoa favorita. No fim ainda houve a ironia da presença dele e da Claire como testemunhas daquela união, que no fim acabava dando sentido aos registros já conhecidos por Claire sobre a família de seu marido.
O sofrimento foi em dobro, pois tivemos ainda que lidar com as despedidas por parte dos MacKenzie também. Como Colum tinha tudo planejado, fez questão de deixar claro para Jamie e Dougal quais eram os seus desejos e ordens em relação ao clã. A responsabilidade do clã ficou para Jamie, deixando Dougal enfurecido. Contudo, todo ódio, toda raiva que Dougal parecia sentir pelo seu irmão foi explicado no seu discurso tão revelador, mas tardio. Como não chorar com uma declaração de amor que nunca vai poder ser ouvida? Com alguém que nunca vai poder ser perdoado? Aquele abraço me fez chorar muito, foi como se ele estivesse tentando se agarrar a um último momento com seu irmão, mas já não podia mais ser retribuído.
“Irmão. Então você me deu as costas mais uma vez. E me deixou sozinho no escuro... na escuridão do mundo. E tudo o que eu queria dizer a você continua preso aqui. Bem aqui. Sem ser dito. Para sempre.”
PROMO DO PRÓXIMO EPISÓDIO: