“We’ll be
all right ‘cause we sail the Nathan James”
Na véspera da estreia da terceira temporada, resolvi fazer
um apanhado geral do que aconteceu na segunda temporada de The Last Ship, que
facilmente se tornou minha favorita. Não me entendam mal: a primeira temporada
foi ótima, porém toda a ação e os momentos empolgantes dos últimos 13 episódios
superaram minhas expectativas.
Como vimos em No Place Like Home (S01E10), a cura funcionou
e a tripulação, com alguns membros a menos, era refém dos homens de Amy
Granderson, que tentava “limpar” a capital do país, salvando apenas aqueles que
tinham algo a oferecer. Os outros, depois de mortos, eram utilizados como forma
de manter a energia elétrica da cidade funcionando. Admito que esse arco não me empolgou tanto, uma vez que a
forma como foi abordado não foi tão bem elaborada quanto o plot dos imunes (que
vou discutir depois). Porém a sequência da tomada de poder no navio e na cidade
foi incrível. Depois das devidas rendições e algumas mortes, foi realmente
muito bom ver a cura finalmente sendo levada para outros lugares.
Outra situação, um pouco complicada até, foram os
reencontros. Já sabíamos que a família de Tom estava a salvo, mas tínhamos que
ter certeza das demais. Enquanto Kara ficou extremamente feliz ao ver sua mãe,
agora sóbria, Garnett partiu meu coração enquanto contava para Chandler que
tinha encontrado os nomes de seus familiares entre os mortos. Outro que me
deixou acabada foi Slattery deixando a cura para sua família. Ver Jeter
encontrando a mãe e o padrasto fez meus olhos se encherem de lágrimas, assim
como ver Tex e sua filha, que finalmente conhecemos.
Como já era de se esperar, novos personagens foram
apresentados, entre eles vilões, marinheiros, médicos e até o novo presidente
dos Estados Unidos. De início estava suspeitando muito dele – de suas intenções
e, principalmente, de suas atitudes – porém, com o tempo, deu para ver que ele
é confiável (um pouco, pelo menos). Vou ressaltar ainda o Wolf, ou Senior Chief
Taylor, da Marinha Real Australiana e a Bivas, ou Lieutenant Ravit Bivas, da Força
de Defesa Israelense, porque, além de serem ótimos no que fazem, a relação “familiar”
entre os dois foi o que mais me deixou feliz. E triste.
As lágrimas foram constantes ao longo da temporada. Sim,
chorei de felicidade em algumas cenas, porém a tristeza foi maior ainda. Pelas
mortes. De Bivas, Chung, Quincy e de vários outros. Cito as três, pois foram as
que mais me comoveram. Ravit morreu apenas depois de ter certeza que a tripulação
estava segura; Chung morreu ajudando a salvar várias pessoas e Quincy decidiu
morrer, na frente de sua esposa, para manter em segredo a amostra primordial da
cura, que foi outro aspecto importante ao longo dos episódios.
Como ela já havia sido descoberta e testada com sucesso, o
que era de conhecimento geral da nação, os imunes se tornaram o novo problema,
principalmente com seu lema de que o mundo deve ser povoado apenas por aqueles
que possuem o gene resistente à gripe vermelha. Para isso, eles criam vários
campos para os sobreviventes e arrumam diversas formas de contaminá-los.
Acredito que qualquer semelhança com certa guerra não seja mera coincidência.
Toda a perseguição entre Chandler e Sean Ramsey deixou a série ainda mais
empolgante, principalmente quando, ao tentar atacar um ao outro, descobrem que
o navio estava na superfície e o submarino exatamente embaixo. Essa foi minha
segunda sequência favorita da temporada, ficando completa com o “Cheers,
asshole” do Slattery.
A melhor cena, na minha opinião, foi a que a tripulação saiu
espalhando a cura em St. Louis. Graças à morte de Niels, Rachel foi capaz de
sintetizar a cura para que ela, assim como o vírus, fosse contagiosa e pudesse
ser espalhada como aerossol. Cheguei a tremer vendo os sobreviventes aclamando
o Nathan James (só de lembrar, as lágrimas já aparecem). É claro, também foi
incrível vê-los comemorando essa primeira vitória, se lembrando dos KIA e
cantando, como bons marinheiros bêbados fazem.
Uma coisa que pude perceber foi a evolução de certos
personagens. Se, durante a primeira temporada, me perguntassem se eu dava algo pelo Miller, O’Connor e Cruz,
eu provavelmente responderia “quem?”. Mas foi graças a eles que a tripulação
tomou de volta seu navio. Kara, que antes eu não suportava, se tornou uma das
melhores personagens, pelo menos a meu ver. Sei que ela não sai muito da War
Room, mas ali, ela é ótima, assim como Mason, que teve que aprender a lidar com
o sonar em tempo recorde. Burk ganhou um interesse amoroso, que infelizmente
não durou tanto quanto gostaria. Amy lidou com a culpa pelos atos cometidos
pela mãe e recebeu uma promoção mais do que merecida. Danny finalmente pediu a
mão de Foster em casamento e isso me deixou extremamente feliz.
Tom e Mike não tiveram tantas mudanças visíveis ao longo da
temporada. Além de terem se tornado mais badasses, não consigo vê-las tão
claramente quanto às que aconteceram com Rachel. Gente, como ela cresceu nessa
temporada. Entre descobrir como a cura poderia agir de forma mais acessível e
lidar com parte da tripulação contra sua participação na morte de Niels, ela
ganhou meu respeito.
Depois de rever essa segunda temporada, só consegui chegar a
uma conclusão: The Last Ship é o melhor acaso que já aconteceu comigo. E com
aquele cliffhanger desesperador e todos os trailers incríveis já liberados, só posso
esperar uma terceira temporada excelente e repleta de ótimas cenas.
“Tonight,
we rest and enjoy our success. Tomorrow, the fight for America and the rest of
the world begins.” – President Michener


