Title: [REVIEW] SUPERNATURAL - S11E19/20: THE CHITTERS / DON'T CALL ME SHURLEY
Author: Unknown
Rating 5 of 5
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Faltando quatro episódios para o encerramento dessa temporada, Supernatural resolve se arriscar e inserir fillers em meio os aconteci...
Faltando quatro episódios para o encerramento dessa temporada, Supernatural resolve se arriscar e inserir fillers em meio os acontecimentos da trama principal. Com roteiro e diálogos ruins e atuações fracas, ‘The Chitters’ não entretem e ainda desperdiça minutos importantes para a história. Mas, agraciados pelo poder divino, nós, fãs, recebemos ‘Don’t Call Me Shurley’ nos levando à insanidade, lágrimas e sanando dúvidas que atormentavam há milhares de temporadas atrás. Tudo isso graças ao (re)aparecimento de um personagem: CHUCK.
O penúltimo episódio não agradou muito e conseguindo extinguir toda a agitação que o confronto entre Amara e Cas/Lucifer trouxeram. Sem sinal sobre a irmã de Deus e do anjo caído, os Winchesters vão investigar estranhos desaparecimentos que intrigam uma cidadezinha. Eles descobrem que não são casos esporádicos e fazendo parte de um ciclo que se repete a cada 27/28 anos. Sem ideias sobre a identidade do monstros, Sam e Dean topam com um casal de caçadores que ajudam a exterminar o mal que assola a cidade.
O que faltou em ‘The Chitters’, ‘Don’t Call Me Shurley’ esbanjou! Tivemos retornos importantes, teorias confirmadas e o terreno preparado para a grande batalha. O episódio focou em dois momentos distintos: os Winchesters lidando com o que parece ser a reaparição da Darkness em forma de névoa e praga e o encontro de Metatron com Carver/Chuck/Deus.
Chuck é lembrado por ser o Profeta do Senhor, ter escrito os Novos Evangelhos e por orientar Sam e Dean em certos momentos, mas que sempre manteve à parte da trama. Mas agora essas ações ganham uma nova luz diante da revelação de que o moço é o receptáculo de Deus. Bem diferente da visão cristã, Chuck se apresenta como um ser egocêntrico e trivial, que já não demonstra preocupação com suas criações e, mesmo com o retorno de Amara, seu interesse é unicamente em deixar o registro bem inverossímil de sua trajetória. É angustiante perceber que o tempo passado na Terra fez Chuck adquirir uma essência humana, mas sem criar verdadeiros “laços” com sua criação.
Felizmente no decorrer do episódio essa “casca/barreira” começa a se quebrar, graças a Metatron, que cumpre o papel de “grilo falante” e serve como porta-voz para perguntas que vêm angustiando o fandom desde o final da quinta temporada. Talvez a mais intrigante é a respeito do saudoso amuleto do Dean que não brilhava na presença de Chuck. Voltando ao Metatron, o ex-anjo pareceu bem afetado pelos dois anos que passou entre os humanos, e talvez seja essa a razão de conseguir verbalizar tão bem a importância da participação de Chuck na briga contra Amara. Claro, o ex-anjo continua movido por interesses próprios, mas consegue atingir o cerne do criador de maneira sincera.
E o que dizer da cena final desse episódio: linda e comovente! Depois de todo esse tempo, Sam ainda guardava o amuleto do irmão. Ao som de ‘Fare Thee Well’, assistimos a concretização da decisão de Deus sobre o futuro dos homens. E quão realizador foi ver o amuleto brilhar e os Winchesters incrédulos diante do inimaginável: Deus finalmente aparece e Ele, não é nada mais e nada menos, do que Chuck.