[REVIEW] CASTLE - S08E19: DEAD AGAIN

E para vocês apenas um nome: Rob Hanning.

Faz tempo que não me sinto assistindo Castle, a série que aprendi a amar ao longo desses anos como me senti vendo esse episódio. Confesso, achei o caso morno e ele não conseguiu segurar minha atenção por tempo integral, porém, Castle (a série, não o personagem) estava lá. Os detalhes, as coisas que fazem Castle ser Castle foram mais perceptíveis nesse episódio do que nessa oitava temporada como um todo. Com um grande ponto positivo: dessa vez se você piscasse não perderia uma cena da Beckett, afinal, ela finalmente apareceu um pouco mais no episódio. Que, de quebra, teve um bônus: sem Hayley e sem Alexis.

O caso da semana (ou o NÃO caso da semana, já que não houve assassinato de fato, embora não faltasse tentativas) era sobre Alan Masters e sua aparente incapacidade de morrer a permanecer morto. Tudo começa quando Alan é envenenado e Lanie já havia até mesmo apontado a hora da morte quando ele simplesmente, vive novamente. A partir de então, se inicia as investigações para descobrir quem o queria morto e por que.

Castle volta a ter teorias completamente malucas que acabam sendo o mais próximo que temos de uma explicação para uma pessoa sobreviver a um envenenamento, uma eletrocussão e um tiro literalmente no meio da sua cabeça, em menos de 48 horas. Parece, afinal de contas, que a história de Super Heróis pode não ser uma explicação completamente impossível, não é mesmo? Porém, essa foi justamente a parte do episódio que não prendeu necessariamente minha atenção. O Castle tentando provar que ele era um super herói o tempo todo, testando as habilidades do pobre Alan, não funcionou para me prender. Mas funcionou para me lembrar que Castle não é Castle sem as ideias malucas e completamente sem sentido que, em algumas situações, acabam sendo a melhor explicação que temos dos fatos ocorridos. E não é maravilhoso, as vezes, não ter uma explicação lógica para tudo? Não é fantástico, por vezes, se deixar levar pela imaginação e aceita-la como a melhor resposta para as coisas? Eu sempre sou o lado Beckett. Sempre sou o lado racional, mas hoje, eu fico com Castle. Eu gosto de super heróis. Aceito isso como explicação.

Lanie, que foi mais do que negligenciada na série, teve nesse episódio um pouco mais de tempo para si. Um pouco mais de tempo para aparecer e, de quebra, arranjar um interesse pelo nosso cara imortal. Lanie é fantástica no que faz e, é claro, não atestaria a morte de uma pessoa erroneamente  duas vezes. Mas foi maravilhoso ver ela numa briga interna de no que acreditar no fim das contas e ter Beckett ao seu lado para mostrar que sim, ela é genial no seu trabalho e não havia nada errado nas analises dela. E, meus amigos, como eu senti falta dessa amizade.

Sinto uma falta gigante das passagens da Beckett pelo necrotério apenas para conversar com Lanie, conversar sobre os dramas de Castle, tomar aquele vinho no apartamento da KB e abrir os olhos da amiga para o que estava acontecendo. Nesse episódio, onde tivemos um pouco mais da amizade delas, foi impossível não sentir falta daquilo que foi sumindo da série aos poucos. Pena isso ter acontecido em apenas um episódio nessa temporada e pena sabermos de antemão que não veremos mais isso na série (ou quem sabe nesses três episódios que faltam teremos mais esse gostinho maravilhoso para saborear?).

Para quem reclamava (vulgo eu) da ausência de detalhes que faziam parte da marca registrada de Castle, nesse episódio tivemos direito até um completar a frase do outro, falando juntos teorias novamente e, de quebra, poder sentir na pele o quão absurdamente FOFO isso é ao verem Lanie e Alan fazendo aquilo que é a marca registrada do nosso casal favorito desde a primeira temporada. Falando em Castle e Beckett...

Caskett nesse episódio foi... Caskett. Em sua mais pura e simples definição de Caskett. Embora seja possível perceber nas entrelinhas das conversas que as coisas estão obscuras, quem não sentia falta do Castle querendo levar Beckett para o espaço? Não conseguiu para o casamento, porém, ainda está tentando para bem... testar novamente a flexibilidade da esposa.

Ver essas manhãs dos dois juntos, um vendo o outro dormir e conversar sobre a possibilidade de se mudar para Paris faz até parecer que eles são um casal normal. Que eles são um casal que não vive em meio a um turbilhão de incertezas onde, cada vez que eles tentam colocar um ponto final, aparece alguém para colocar reticências e a história não tem um final feliz.

A resolução de LokSat está cada vez mais próxima. É quase palpável. Quando Castle menciona para sua amada de manhã para eles terem uma vida normal se eles derrotarem Loksat e permanecerem vivos, é o lembrete que essa história se assemelha a um jogo sem vencedores. "Não há vitórias, há apenas batalhas" já diria um velho amigo nosso. Beckett vem lutando suas batalhas a oito anos. Beckett vem lutando, permanecendo viva e não desistindo faz tempo. Ela tem garra e coragem. Garra e coragem necessárias para fazer um ultimato a Caleb. Um ultimato que funciona e que, agora, deixa K-Bex mais próxima de descobrir e derrubar Loksat. O telefone que Caleb deu para nossa capitã, pode ser a chave final para resolvermos a ultima questão, para vermos o final daquilo que será a última batalha de Katherine Houghton Beckett.

Castle já disse: se ele estiver com ela, ele vai a qualquer lugar. E você? Está pronto para lutar essa ultima batalha com a nossa capitã?

PS: Castle, compartilha a série de fotos que tu tirou da Kate dormindo. Eu nunca te pedi nada.
PS1: Vocês não fazem ideia de como eu amo a amizade da Becks com a Lanie e como eu fiquei feliz de ter isso nesse episódio.
PS2: Sexo em gravidade zero? Prefiro não pensar de onde Castle tira essas ideias.
PS3: Episódio flui melhor quando só tem a NYPD e nada de Castle P.I, as coisas ficam mais unidas. Fazem mais sentido.
PS4: Por um mundo onde eu possa ter a visão da Stana acordando todo dia na minha vida. Amém.
PS5: #NoStanaNoCastle

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