“When you open your eyes, look what surprises life gives
you.” – Loretta Wade
O que dizer quando a única aviadora a receber uma Estrela de
Prata por bravura morre em um acidente de avião? Que a culpa foi da máquina,
geralmente sem nenhum tipo de erros, ou de um ser humano, capaz de tirar a
própria vida em questão de segundos? Em torno dessas questões o episódio de
NCIS New Orleans foi baseado e, devo admitir, um dos meus preferidos até hoje.
Inicialmente, achei que um dos squad mates de Lindsay havia sido o culpado. Fazia
sentido, porque, afinal de contas, quem gosta de ser o segundo ou terceiro em
alguma coisa? Depois comecei a pensar que alguém poderia ter arrumado um jeito
de hackear o avião (e não foi pelo fato de eu ter visto Madam Secretary antes)
para que ele caísse. Afinal, deve-se sempre suspeitar de uma máquina, seja ela
qual for, pois ela sempre vai apresentar erros. Só não achei que seria algo do
tipo “preciso cortar gastos no orçamento, vou encomendar a peça mais barata e
vai funcionar”. Se alguém tivesse matado a Lindsay de propósito ou ela mesma
ter se matado, eu teria ficado com muita raiva.
Outro fato que me chamou bastante a atenção no episódio foi
o quanto Loretta se identificou com a situação de Lindsay. Afinal, ela foi a primeira
mulher, e de cor, a entrar no Conselho de Médicos Legistas de Louisiana. É
complicado ser a primeira em qualquer coisa. Isso indica esforço, vontade,
coragem. Uma vez que o caminho já está aberto, fica muito mais fácil de ser
seguido. Pode ser até uma coisa mais simples, como ser a primeira da turma, por
exemplo. Se não houver dedicação, nada é conquistado assim.
Por essas e outras é que fico extremamente feliz por Loretta
ter adotado Danny e CJ. Para que os garotos pudessem ter uma excelente segunda
chance de se encontrarem. De aprenderem
que a vida nem sempre é fácil: empecilhos sempre irão aparecer no meio do
caminho para nos fazer para e pensar se é aquilo mesmo que queremos. Se estamos
certos ou não. Admito que aprendi muito nesse pouco mais de um ano em que NCIS
New Orleans começou. E são ótimos ensinamentos, devo acrescentar.
Explorando toda essa dinâmica “garotos x garotas”, o
episódio apresentou a equipe dividida entre aqueles que tiveram uma boy’s night
e aquelas que gostariam de, pelo menos, terem sido convidadas, mesmo que a
resposta fosse negativa. Aquela risada do Lasalle no final foi uma das pequenas
coisas que mais me chamou a atenção. Isso e Sebastian. Estou aprendendo a
amá-lo cada vez mais. Tanto a imitação do Top Gun Maverick, quanto a desculpa
para se vestir de Doc Brown, me deixam cada vez mais ansiosa para ver o que ele
vai aprontar no Halloween. Também ando gostando muito da química entre Sonja e
toda a equipe! Parece que agora sim tudo vai andar da mais perfeita maneira.
Não poderia deixar de mencionar minha felicidade por ver
dona Brody cada vez mais linda e feliz. Quando o Val, (AKA Gator, AKA lindos
olhos azuis) estava no hospital e ela estava lá com ele, já sabia que alguma
coisa ia sair daquilo. E, como já andei lendo que ele aparecerá em mais
episódios, espero que agora ela realmente encontre alguém que esteja ali para
ela, ao contrário de James, que estava em uma missão no Quênia, ou o Doc, que
nunca mais apareceu, infelizmente. Outra coisa que espero é que ele não tenha
um fim trágico à lá Savannah, porque aquilo já foi sofrimento demais, obrigada.
P.S.: Adorei ver a SECNAV Porter novamente. É claro que
espero vê-la nos outros NCIS, mas o jeito com que ela lidou com King me deixou
bem esperançosa em uma volta futura.
“Don't know if this will give you any comfort, but I've read
the NSC black box report. Right before she passed out, your daughter did
trigger the ACLS, but for good reason. Purposely avoided a grandstand packed
with spectators. Her last act, saving hundreds of lives.” – Dwayne Cassius
Pride


