Title: [REVIEW] CHICAGO PD - S03E01: LIFE IS FLUID [SEASON PREMIERE]
Author: Carol
Rating 5 of 5
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Depois de uma season finale em que vimos Erin se demitindo da Inteligência e Adam pedindo Burgess em casamento, Chicago PD está de volta...
Depois de uma season finale em
que vimos Erin se demitindo da Inteligência e Adam pedindo Burgess em
casamento, Chicago PD está de volta e com um episódio que retoma esses
acontecimentos.
Confesso que esperava um pouco
mais desse episódio. Uma coisa que me incomoda um pouco em PD é a urgência dos
roteiristas em resolver um assunto em um episódio apenas. Por exemplo, a volta
da Lindsay poderia ser algo que demandasse mais episódios, poderia ter sido
melhor trabalhada.
A sensação que fica é a de que
essa saída dela só aconteceu para que o romance dela com o Jay pudesse
acontecer mesmo com ambos trabalhando juntos na Inteligência. Eu shippo
Linstead fortemente, mas não quero que o plot dos dois recaia sempre no
relacionamento. Halstead tem passado militar e seria muito interessante que
explorassem isso. Pudemos ver um pouquinho disso nesse episódio, com ele sendo
torturado e não soltando uma informação sequer para o traficante. Erin cresceu
num ambiente familiar conturbado. Sua mãe não tem o mínimo de senso de
responsabilidade e cai na farra todo dia. Dava para aproveitar melhor essa
recaída dela, principalmente quando a atriz que dá vida a personagem é a Sophia
Bush, que simplesmente vem entregando excelentes atuações. E ao invés disso,
tudo foi pensado apenas para que Linstead tenha luz verde. Digo isso porque li
uns spoilers que falam que depois do sequestro do Jay, o Voight vai meio que
fazer vista grossa no relacionamento dos dois.
Romance é sempre muito bom, mas
espero de verdade que os roteiristas comecem a pensar mais nos plots da Erin e
do Jay visando a evolução dos personagens, e não uma forma de justificar o
namoro. O relacionamento amoroso deve ser o complemento das tramas dos
personagens e não o arco principal.
Sobre o caso da semana, o
desenvolvimento foi bom. Casos que envolvem negociações são sempre complicados,
principalmente porque é um lado tentando passar a perna no outro. As atitudes
do Hank podem ter deixado a impressão de que ele não se importava com a
Lindsay, mas eu vi justamente o contrário. Ele foi atrás dela, tentou tirá-la
da convivência com Bunny, mas a detetive simplesmente estava enfrentando o luto
da sua maneira. É aquela história, às vezes você tenta de tudo para ajudar
alguém e não consegue, justamente porque primeiro a pessoa precisa querer se
ajudar. Lindsay não queria ajuda, ela estava se destruindo aos poucos porque se
sentia culpada pela morte da Nadia. Foi preciso deixar que ela enfrentasse o
perigo para enxergar melhor o que de fato é importante na sua vida. Foi preciso
muita coragem para o Voight dar a ordem para os detetives não seguirem o carro
dos sequestradores, mas ele não tomaria essa decisão se não confiasse e
conhecesse a Erin.
E aqui, dois pontos valem ser
ressaltados. Primeiro, o bandido pediu que uma detetive fosse designada para
entregar a caixa com os nomes dos informantes da Inteligência. Podiam ter
arranjado uma outra forma de colocar a Lindsay para ajudar o Jay. Achei um
pouco forçado o roteiro colocar o bandido pedindo que a mensageira fosse uma
mulher, porque é óbvio que foi a forma mais fácil que encontraram para
justificar a Erin salvando seu parceiro. E segundo, o Adam batendo de frente
com uma ordem do Voight.
Meu filho, você é detetive e sua
noiva é uma patrulheira, vocês estão em constante perigo. Sei que a intenção
foi colocar o Ruzek como alguém preocupado, mas ele sabe como a Kim quer uma
vaga na Inteligência e essa seria mais uma ótima oportunidade para mostrar seu
potencial. Ele não pode decidir quais casos a Burgess pode ser escalada ou não.
O Roman pode ter sido um pouco inconveniente falando todas aquelas coisas sobre
como os dois lidam com situações perigosas todos os dias e como é sempre bom
pensar num relacionamento que tem como pano de fundo o trabalho na polícia, mas
o que ele disse é verdade. Talvez só tenha falado para a pessoa errada, porque
quem merecia ouvir isso era o Adam e não a Kim.
E ainda sobre o Roman, não criei
muitas expectativas sobre a cena final que mostrava uma seringa caindo da
mochila dele. Não acredito que tenha a ver com drogas, porque para esse núcleo nós
já temos a Erin e não seria muito esperto da parte dos produtores entrar nesse
plot de novo com um personagem diferente. Acho que deve ser algo relacionado
com Chicago Med, mais uma forma de promover o novo spin off da franquia
Chicago.
Sobre Voight e Alvin, que foram
os outros personagens que apresentaram tramas individuais nesse episódio, a do
Voight é a que mais me anima. Já ficou
mais do que claro que o chefe da Inteligência não mede esforços para conseguir
informações privilegiadas e colocar culpados atrás das grades. Nesse episódio
nos foi apresentado um informante que Voight tem dentro da prisão. Inclusive, o
detetive já fez promessas para quando o cara cumprir sua pena, tudo em troca de
informações. Seria interessante ver o roteiro dar voltas e enforcar o Hank
através de pessoas que ele acha ter controle.
Já o plot do Alvin me faz ficar
um pouco receosa. Descobrir que tem uma filha fora do casamento depois de anos
é algo mega batido. Principalmente porque o Olinsky acabou de se reconciliar
com a sua esposa e é novamente jogado no campo dos conflitos familiares.
Gostaria de ver era o passado profissional do detetive em pauta, mas, já que
não dá, só resta torcer para aproveitarem a questão familiar da melhor forma
possível.
PS: Platt dando seu livro de planejamento do casamento dos seus sonhos para a
Burgess foi hilário.