Será que a profecia será cumprida?
Primeiro de tudo, gostaria de bater com a cara no teclado, pois estou fazendo a review logo após o episódio e ainda não tive tempo de surtar: OQUETAACONTECENO MEU JESUS EU NÃO GENTE SOCORRO WHAT THE DAMN HELL PELO AMOR DE YODA CAPITAO AMERICA FLASH MARVEL TODAS AS PESSOAS SALVADORAS AJUDA LUCIANO XUXA RATINHO como isso ainda renderia por mais uns três parágrafos, vou parar por aqui e ir ao que interessa.
Não é algo escondido que a oitava temporada da série britânica mais badalada foi um pouco decepcionante. Tudo bem, era uma temporada de adaptação tanto para o Doutor quanto para a Clara, porém, a quantidade imensa de episódios
fillers presentes em uma temporada de apenas 12 episódios foi algo, no mínimo, estressante. O que amávamos (ou pelo menos admirávamos) na
Impossible Girl foi praticamente atirado contra um ventilador ao introduzirem de uma forma bizarra e praticamente sem nexo algum do novo namorado, Danny Pink. É certo que relacionamentos (ou pelo menos a ideia de dois
companions) costuma funcionar... Quando os personagens são bem desenvolvidos. Mickey Smith (1ª-4ª temporada) é o maior exemplo de evolução de personagem que a série tem para mostrar, e Rory Williams (5ª-7ª temporada) certamente sabe como cativar os telespectadores, porém, Danny Pink não soube fazer isso do modo que seus predecessores fizeram.
No final da temporada passada, a bomba de que o
Master era a Missy e que era a nova vilã pegou todos de surpresa (mesmo quem tinha teorias acabou ficando um pouco pasmo com isso) no episódio 11, mas acabou não fazendo o menor sentido - o motivo de Missy fazer o que ela fez - no episódio seguinte.
E enfim, chegamos à premiere. Muitos de nós não esperavam por um episódio incrível e sim, no mínimo, um mediano para colocar a série nos eixos, e o que o Sr. Moffat fez? Rodou a mão na nossa cara e gritou "Tá aí o episódio bom que vocês estavam querendo!". The Magician's Apprentice soube trabalhar cada elemento com maestria, alternando entre o humor, o drama e o choque como nas primeiras temporadas da série atual, mantendo a mitologia da série e, lógico, tentando quebrar paradoxos como sempre fez.
Clara estava uma personagem completamente diferente da sétima e oitava temporadas. Ela não parecia Oswin ou
First Clara, ela não parecia a mesma da temporada passada. Se formos comparar ela com alguém, eu diria que a minha querida Clara Oswald está me lembrando a Martha na quarta temporada da série: Alguém que foi jogado após a perda de um personagem querido pelos fãs (Rose/Amy) e teve que sofrer uma mudança brusca para melhor adaptação. Quem antes fazia piadinhas sobre a TARDIS ser uma cabine de amassos, hoje enche o peito para falar sobre ela ser "indestrutível". Pode parecer pouca coisa, mas todas as falas da Clara do começo ao fim do episódio foram bem escritas e bem interpretadas pela talentosa Jenna Louise-Coleman.
O retorno (super esperado) de Missy foi o mais icônico que poderíamos ter da personagem: Ela invadindo o sistema da UNIT e manipulando a todos, sem esquecer da entrada triunfal da melhor música já colocada na série "
Oh Missy you're so fine, you're so fine, you blow my mind, hey MISSY!". Adorei a interação dela com a Clara, o jeito com que ela mexeu com a
timeline do Doutor e fez o possível para salvá-lo acabou me surpreendendo, pois, como a própria Clara apontou, os dois vivem brigando, como poderiam ser amigos? Bom, essa é exatamente a mágica do relacionamento entre os dois e eu não poderia estar mais ansioso para ver o desenvolvimento de tudo isso.
E, enfim, o Doutor. A abertura do episódio já começou bombástica com a aparição de Davros, e alguns (ou todos) arregalaram os olhos quando o demônio apareceu vivinho da silva em FUCKING SKARO. GENTE????? Meu medo subiu até a garganta e suei frio com tudo aquilo. Missy acuada, morrendo de medo de ser exterminada / O Doutor ali, cara a cara com o seu inimigo mortal / Clara e Missy sendo capturadas; como eu posso lidar com tudo isso?! Não estou com cabeça para formular teorias conspiratórias sobre o retorno do Doutor para matar Davros naquele planeta, mas gostaria de fazer uma breve citação de um episódio da quarta temporada:
Eu previ tudo isso! Pela selvageria e pelos ventos! O Doutor estará aqui para testemunhar o fim de tudo! O Doutor e suas preciosas crianças do tempo! E uma delas irá morrer!
Dalek Caan, Journey's End (4.13)
Há algum tempo tenho visto vastas referências à série clássica e às primeiras temporadas da série atual, quando esta ainda estava sobre o comando do brilhante Russel T. Davies. Sabemos que Dalek Caan previu isso e previu que a alma do Doutor seria revelada, porém, naquela época, todos nós achávamos que ele estava se referindo apenas à bomba da realidade. Estaríamos errados? Digo, Moffat explicou um fato de T. Davies em
The Day of the Doctor (de onde o Doutor conhecia a Rainha Elizabeth I), quem me garantiria que esse homem doido das ideias destruidoras de mente não estaria trazendo Davros de volta para cumprir a previsão do Dalek Caan?
Confiram a
promo do próximo episódio da série:
Comentem aqui embaixo o que vocês acharam de "The Magician's Apprentice", suas teorias e suas expectativas para o resto da temporada! Não se esqueçam de divulgar a
review e provavelmente tomar um calmante porque as coisas aqui não estão nada bem.
PS: Adorei todas as cenas do Capaldi com a guitarra. Quero mais!
PS²: "E como está o seu namorado? Morto, eu presumo." - RAINHA
PS³: Missy é a melhor amiga do Doutor?
Hellooo?! E Capitão Jack? River? Martha? Mickey? Tem tanta gente na lista que eu não conseguiria colocar o nome de todos.