"Está na hora de deixar o menino de lado e virar um homem."
Depois de um início de hype
absurdo por conta do vazamento dos quatro primeiros episódios, agora todos
estão no mesmo patamar e não terá mais aquela preocupação de chuva de spoilers que sempre acontece com a
série. Ressaltando que essa temporada é o divisor de águas entre os livros e a
série, agora é o momento que a produção televisiva ganhará pernas próprias e se
distanciará mais ainda da sua obra original. Antes de tudo quero falar que eu
não terminei todos os livros (estou lá no segundo e como tá difícil terminá-lo)
e aqui não terá spoilers e
comparações entre as duas produções e avisando pros fãs mais sem noção, por
favor não postarem acontecimentos futuros do livro nos comentários, vamos ter
sensibilidade com quem só acompanha a série e tentar evitar isso ao máximo.
Como Game of Thrones
tem diversos núcleos sendo trabalhados ao mesmo tempo, o método da review será por região, dessa forma será
mais fácil para eu conseguir escrever e acredito até para vocês entenderem e se
situarem (se tiverem outras sugestões para o melhor entendimento, estou a
postos para ouvir e tentar melhorar). Depois de todas essas justificativas e
agora que o Diário de Seriador terá reviews
semanais de GoT, vamos ao que interessa.
Muralha
Agora com Jon Snow
de Comandante da Patrulha da Noite, mostrando ser um homem honrado tanto quanto
o seu pai, podemos vislumbrar como que o bastardo lida com o poder em mãos,
buscando sempre ser coeso com as suas escolhas. Se antes ele degolou um
patrulheiro por se negar a seguir suas ordens e mostrou para todos quem manda,
agora ele busca a união com os Selvagens. Estar num poder de liderança demanda
muita sabedoria para não perder a mão, o controle e o respeito de quem o rodeia
(beijos Daenerys) e se no quesito
adição de forças os Selvagens agregam aos patrulheiros, quando se trata do
passado é que tudo se complica, tendo em vista as batalhas que esses dois
grupos travaram durante os oito mil anos. E é exatamente Jon que conviveu com os dois lados e sabe mais ou menos como cada
um age é que tem o poder de fazer essa ideia dar certo, não sem antes fazer
mais inimigos que antes e algumas pessoas morrerem, afinal estamos falando de
GoT.
Enquanto isso Stannis segue tendo um tempo de tela que antes
jamais seria pensado, episódio passado ele foi humanizado com o diálogo com sua
filha e nesse já podemos ver o porquê dele ser conhecido como um dos melhores
estrategistas dos Sete Reinos. A marcha para Winterfell começou e resta saber quem sairá vitorioso dessa batalha
e se enfim o Norte será dos Stark
novamente.
Winterfell
Ainda no Norte, podemos observar como o Bolton é perverso exclusivamente por ele gostar disso, maltratando
Fedor até quando pode, mostrando para sua amante quem é que manda e fazendo com
que Sansa tenha mais nojo dele e dos
seus feitos. Ramsay dá indícios que
todo esse ódio e suas atitudes desmedidas poderá acabar sendo seu calcanhar de
Aquiles quando Stannis chegar por
ali, já que o antigo bastardo é alguém que não mede suas consequências e não
tem se quer poder estrategista. E seu pai, único aliado que ele tem, poderá
acabar se virando contra ele por causa do suposto filho que ele terá, já que
ficou claro que Ramsay não gostou
nenhum pouco da notícia.
Por outro lado temos Sansa
totalmente desprotegida no lugar que antes costumava ser o seu lar. Mindinho sempre foi um personagem que
nunca apostou para perder e não me pareceu a coisa mais certa do mundo deixá-la
com seus inimigos, Sansa vale muito
por ser a única Stark viva, tendo em
vista que para o povo dos Sete Reinos Arya
está desparecida e provavelmente morta. Brienne
que antes só vagava de um lado para o outro, parece que agora enfim
conseguiu se firmar em um lugar tentando cumprir a promessa de Caitilin.
Meereen
Não está sendo fácil esses dias para Dany, se antes ela contava com a sabedoria de Sor Barriston e mesmo assim fazia merda atrás de merda que em
diversos momentos podendo ser equiparada ao seu pai, O Rei Louco. Precisou que
seu fiel conselheiro morresse para enfim pensar inteligentemente e entender que
não tem como entrar numa sociedade de cultura já estabelecida e tentar mudá-la
do dia para o noite. Até que enfim conseguimos ver uma Rainha de verdade,
pensando no bem da sua população e agindo politicamente para não fazer
inimigos. Khaleesi enfim tomou as
rédeas de toda a situação e tomou atitudes seguindo sua própria convicção.
Valiria
A caminhada de Mormont
e Tyrion até Meereen chegou na tão falada Valiria,
e incrível como a cidade que antes era lembrada por diversas coisas hoje se
reduz a ruínas e homens de pedra. A cota de ação do episódio foi atingida nesse
núcleo que por mais desnecessário que seja, começa a ter ares interessantes, já
que a dinâmica entre os dois viajantes está começando a ficar boa. E com o
cavaleiro infectado com a doença dos homens de pedra, acabará colocando ainda
mais em perigo o anão que a maioria dos espectadores começaram a adorar ao
longo da série. Tyrion é perspicaz,
inteligente e pinguço, era muito melhor ver suas ações nas temporadas
anteriores tentando articular jogadas do que agora, mas é entendível já que ele
matou seu pai e sua amada, só espero que não demorem a dar o rumo que o
personagem precisa.
Sem Kingsland, Bravos e
Dorne, GoT busca dar tempo de tela
realmente ao que é importante nessa temporada: a ascenção de Jon Snow como um excelente líder e à Daenerys, a grande rainha que tanto
promete ao longo de todas as temporadas. Mais um casamento está vindo aí e
sabe-se que casamentos na série são conhecidos por serem verdadeiros banhos de
sangue. Com um início de 5ª temporada muito mais voltada para a política dos
Sete Reinos e os seus desdobramentos, há muito mais pontos positivos que
negativos, resta saber se o resto será nessa mesma linha ou não.