Atwater não está brincando. Chicago PD também não!
Eu me apaixonei por Chicago PD desde o episódio piloto. Dois motivos contribuíram para isso: o elenco e porque eu sou viciada em séries policias. A primeira temporada de PD foi boa, mas eu senti que faltava alguma coisa para prender e cativar o telespectador. Talvez por ter tido apenas quinze episódios no seu ano de estreia, PD teve que compactar o roteiro e não se aprofundou muito nas histórias. O que aconteceu foi uma introdução da mitologia da série e superficialmente dos personagens. Quando se trata de procedural, para não cair na mesmice e ficar cansativo, os roteiristas precisam dar um jeito de amarrar os personagens principais aos plots semanais. Era isso que eu sentia falta na primeira temporada e, felizmente, é justamente essa ligação dos personagens com os casos e a exploração do passado deles que vem sendo bem retratado nessa segunda temporada.
Merecidamente, quem roubou o episódio nessa semana foi Atwater. Ele ainda não tinha recebido destaque e precisava mostrar seu valor e provar que sua promoção a Inteligência foi acertada. Casos que envolvem crianças são sempre pesados e os roteiristas justificaram bem a opção pelo Kevin de assumir a responsabilidade quando aproximaram o crime do personagem.
Outra coisa bacana de ver foi a contraposição da Inteligência com os patrulheiros. Se por um lado o Voight faz o que quer para prender o culpado, por outro temos Roman, um policial íntegro e que leva o juramento da polícia muito a sério, já que foi graças a essa profissão que ele não virou um delinquente. A série deixa nas entrelinhas esse embate entre as personalidades.
Levando em consideração que o Jay já enfrentou o Voight e fez o chefe questionar suas atitudes, não sei se vão arriscar e apostar nisso outra vez com o Roman. Por isso acredito que eles não aproximaram e criaram um choque direto entre as posturas dos personagens, optando por deixar que o público interprete essa questão. Agora o conflito criado com o Olinsky serviu só para confirmar o caráter do Roman. Não vejo nenhum plot em potencial saindo dessa questão.
Sobre os patrulheiros, gostei de ver o Roman e até a Burguess, timidamente, não abaixando a cabeça para a Platt. Os dois já são tratados como capachos e o trabalho será ainda mais difícil se a Trudy omitir informações deles.
Lindsay continua incerta quanto ao convite feito para comandar a força-tarefa, mas eu tenho um estranho pressentimento de que daqui alguns episódios, ela vai aceitar a oferta. Eu pensei bastante sobre isso e, como seria complicado a série retratar a personagem trabalhando em outra divisão, tenho a teoria de que tem algo mais por trás desse convite, algo que afete a Inteligência, mais precisamente o Voight, que fez muitos inimigos durante sua carreira. Lembrando que é só uma suposição, porque a meu ver, não tem como a Erin comandar uma força-tarefa e ganhar destaque na série que retrata o departamento de polícia de Chicago. Por isso a oferta pode ser o pano de fundo para um incrível plot que os roteiristas estão amadurecendo.
No geral, a dinâmica de “Prison Ball” e a construção dos acontecimentos, desde a infiltração dos policiais no presídio até o desfecho do assassinato e na inclusão de pequenas tramas paralelas, foram excelentes. A série conseguiu fugir do comum e entregar um episódio redondinho.
PS: “I mean, imagine how heartbroken you'd be, not seeing my smilling face every day”. – Meu coração Linstead não aguenta tanta emoção. É muita química rolando entre Jay e Erin. Já podem casar.
PS: As lutas foram muito bem coreografadas. O Royce deu um show como Atwater essa semana.
E vocês, o que acharam do episódio?
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