Que episódio fantástico tivemos essa semana. Sensacional. Essa temporada começou de uma forma sublime, algo que vem se mantendo desde a temporada passada. Não é fácil para uma série que já está no ar a mais de uma década manter o interesse do publico e esse episódio mostrou que a série tem muito fôlego e que ainda sabe prender sua audiência.
Este caso foi trabalhado de uma forma interessante. Geralmente não conhecemos o criminoso até os momentos finais do episódio, mas nesse já começamos acompanhando o criminoso, Holden March, não sei se foi para criar empatia ou aversão ao personagem durante o episódio, já que ele justificava seus atos devido a falta de sorte amorosa que ele teve durante a sua vida. Holden ia atrás de mulheres que o rejeitaram durante sua adolescência, ele não chegava a forçar relação sexual, tentava, mas acabava desistindo e só as esfaqueavam e as deixava vivas para que um dia alguém poderia o reconhecer de uma forma ou de outra.
A forma que o personagem foi desenvolvido me interessou bastante, pois vemos que ele era uma pessoa antissocial, de certa forma inteligente, dizia que era educado e gentil e usava da tecnologia para extravasar suas frustrações com a sociedade e é dessa forma que sempre o vimos no episódio sempre fazendo um documentário no seu celular.
Claro que as primeiras vítimas foram só um aquecimento para o que Holden estava planejando, algo que iria chamar a atenção de todos, segundo ele. Esse ato no final do episódio foi uma tensão total, pois Holden entra numa escola, mata um professor e faz algumas alunas de refém e fica para os detetives Amaro e Rollins tentarem amenizar a situação. E eis que Amanda Rollins da um show neste episódio. Temporada passada a personagem teve seus episódios e souberam trabalhar bem, e nesse episódio não foi diferente. Sempre que alguém da equipe é envolvida no caso de alguma forma arriscando sua vida é difícil pensar que coisas boas podem sair disso, e a tensão entre Rollins e Holden foi tão grande e como o garoto era capaz de coisas inimagináveis tudo podia acontecer.

Inicialmente Holden toma controle da situação mandando Amaro e Rollins largarem suas armas e que Rollins algemasse Amaro para que ele ficasse contido e não tentasse nada. Para tentar amenizar a situação Rollins tenta fazer uma ligação com Holden, falando que ele estava certo, que entendia seu ponto de vista e que achou brilhante o manifesto que ele escreveu falando sobre como a sociedade o maltratou a vida toda e acaba mexendo com a cabeça do garoto e ele solta as reféns e Amaro na intenção de ficar sozinho com Amanda, pois vai que essa será a chance de sua vida. Mas essa história acaba de uma forma trágica para Holden, pois a equipe tática estava esperando uma oportunidade para executar o garoto.
Entendo o motivo da Rollins de ficar chateada com o fim que levou, pois quando se está na policia você faz um juramento de salvar vidas, na medida do possível, e como ela estava fazendo de tudo para que essa história não levasse o fim que levou foi um choque para ela. Não querendo que ninguém a tocasse, dizendo que está tudo bem, pois a adrenalina estava escorrendo do seu corpo e ela queria ficar sozinha.
Agora que o caso já foi mencionado, vamos falar sobre a vida dos outros personagens. Nesse episódio ficou evidente a dinâmica entre a vida pessoal e profissional da detetive Benson. Após o cliffhanger do episódio passado todos nós queremos saber o que aconteceu com o baby Noah, pois Benson estava transtornada. E eis que descobrimos que Noah foi internado devido aos maus cuidados que teve antes de Benson ficar com a guarda dele. Como qualquer mãe Benson fica preocupada com o estado de saúde do filho. Passou a noite com ele no hospital, mas sabe que, como capitã e com uma unidade a comandar, o trabalho tomará uma grande parte da sua vida e como tudo isso é novidade para ela, ela tem que saber conviver com essa nova fase da sua vida. Vimos que em alguns momentos ela consegue administrar, um detalhe legal de se notar é que em todo o episódio Benson está usando a pulseira do hospital.

E para abalar um pouco o mundo de Benson, temos a chegada de uma novo personagem, o deputy chief William Dodds. Ele aparece na unidade querendo comandar tudo e não está ligando para o que acontece com a vida pessoal dos detetives. Ele é um personagem que foi inserido na série para participar de alguns episódios dessa temporada, não se sabe se ele ficará permanente e ainda no lugar da Benson de comandar a unidade. Dodds é descrito como uma pessoa carismática, mas casca grossa como chefe e interpretado pelo o ator Peter Gallagher (Covert Affairs).
Agora depois desse ótimo episódio vamos torcer para que a temporada continue a nos surpreender mais.
PS: Como foi um episódio mais puxado para o lado Order da série dá para entender a ausência de Barba no episódio, mas e o Carisi?
PS: No dia 14/10 rolou um painel da série no Paleyfest NY, junto com os atores e os produtores da série. Foi bem legal.
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