Ao acordar dentro de um elevador escuro em movimento, a
única que Thomas consegue se lembrar é seu nome. Sua memoria está completamente
apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino
e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado de garotos. “Bem vindo a Clareira,
fedelho.” A Clareira. Um espaço aberto cercado por muros gigantescos. . Assim
como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas
que todas as manhas as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à
noite, se fecham. E que a cada 30 dias um garoto é entregue pelo elevador. Porem,
um fato altera radicalmente a rotina do lugar: chega uma garota, a primeira
enviada a Clareira. E o mais impressionante ainda é a mensagem que ela trás
consigo. Thomas será mais importante do que imagina. Mas para isso terá que
descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr... correr muito.

Assim, os cinco primeiros capítulos giram em torno do Thomas,
de como ele chega a Clareira, as tantas e tantas duvidas e etc. No decorrer do
primeiro dia, ao ponto em que ele vai se acostumando, vão se apresentando novos
personagens, alguns secundários, e outros como o Newt, o Minho e o Chuck. São
esses que vão apresentar a Clareira ao Thomas, e como tudo mais funciona ali
dentro. Também tem a Teresa, que chega no segundo dia, mas dela eu falo daqui a
pouco.
A história é uma distopia um pouquinho diferente, com uma
narrativa que não cansa, e a qual tem uma fluidez muito maravilhosa, a historia é
bem rápida. E os personagens não deixam a desejar, tendo uma personalidade
forte, e alguns são um pouco sarcásticos. O entrosamento entre eles é bem
interessante de ver também. E ver como cada um encara a Clareira e como isso
influencia nos outros também é um dos pontos positivos sobre a historia.
Bom, desde Hunger Games eu procuro uma distopia que me
prenda, que me leve a procurar respostas e a ficar na agonia a cada página,
seja pela tensão, ou pelo desespero de resposta, pela simples agonia de “meudels
quem que será que vai morrer?” ou “qual próxima aberração?”.
A serie tem realmente disso. Você fica meio desesperado a
cada página. Primeiro pq o autor já começa te jogando logo na Clareira, com o
Thomas dentro de uma caixa escura, que começa a subir pra algum local, e ele
sem saber quem é de fato. Assim, logo somos apresentados aos clareanos, que
estão esperando pelo novo integrante. E a partir dai sua cabeça já tá cheia de
pergunta: mas que clareira é essa? Por que o Thomas não lembra quem é? E lembrando
ai que: nenhum dos meninos lembram de absolutamente nada da vida fora do
Labirinto. O que já me deixa meio nervosa, achando que o mundo fora daquelas
paredes tá muito destruído, o que deixa mais uma pergunta: entendi que estão
tentando salvar a Humanidade, mas como?
Voltando a Clareira, assim que o Thomas sai da caixa, ele
observa que os muros tem grandes portões abertos, cada um de frente um para o
outro, e que ao olhar para fora dá entender que ele tá cercado de um Labirinto.
Seguindo a história, a funcionalidade da Clareira lhe é apresentada, sendo que
cada pessoa tem um dever, seja ajudando na cozinha, ou no Sangradouro (matar os
animais para comida), ou mesmo sendo um Corredor, o qual faz uma revista em
todo o Labirinto, observando suas mudanças constantes, fazendo mapas e afins
para descobrir um modo de fuga. E são as únicas coisas de fato explicadas, pois
para responder a todas as perguntas, ele terá um passeio “inaugural” pela
Clareira no dia seguinte.
E com isso se segue o primeiro dia. E é a partir do segundo
que a vida dele começa a virar de cabeça pra baixo, já que, enquanto estava
recebendo as explicações de Minho, a Caixa começa a subir de novo, e todo mundo
estranha, já que eles só recebem um integrante novo a cada 30 dias, e
suprimentos necessários (como roupas e ferramentas) a cada final de semana.
E quem sobe? Uma garota, com uma mensagem esquisita e
amedrontadora, e logo após esse clímax, desmaia e entra em coma logo em
seguida. E a primeira coisa que perguntam é: se Thomas a conhece. Claramente ele diz que não. O que ele não fala
é que sentiu uma familiaridade com a garota, e não sabe explicar como.
O que se desenrola a partir desse ponto é ainda mais
confuso. O bom: começa a surgir algumas pequenas respostas, mas bem poucas, e
essas acabam causando ainda mais perguntas. O bom do Dashner é que ele te deixa muito tenso e querendo
desesperadamente respostas, e essas são dadas por migalhas. Mas ele também sabe
dá toques de sarcasmo, o que alivia um pouco o clima pesado da Clareira. O que
ajuda muito nesse sentido é como ele desenvolveu alguns personagens secundários,
e também tem o fato de que na Clareira tem um tipo de dialeto diferente, pois
não se fala palavrões propriamente ditos, e sim um tipo de gíria para substituí-los,
e isso acaba deixando algumas situações engraçadas.
Enfim, a serie me deixou feliz por começá-la. É rápida de
ler, fácil, com uma historia muito boa, e no segundo é bem tensa, com algumas
coisas a se pensar.
AUTOR: James Dashner
PÁGINAS: 426
EDITORA: V&R Editoras
LANÇAMENTO: 2010