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Title: [REVIEW] TRUE BLOOD – S07E09: LOVE IS TO DIE
Author: Felipe Lima
Rating 5 of 5 Des:
É bem verdade que a última temporada de True Blood foi por si só um enorme exercício de desapego à série. Salvo uma meia dúzia de bons ...

É bem verdade que a última temporada de True Blood foi por si só um enorme exercício de desapego à série. Salvo uma meia dúzia de bons momentos, a temporada foi, em sua grande maioria de momentos, um elogio à chatice, ao nonsense, ao tédio e à falta de objetividade. Ainda assim, é preciso admitir que o coração deu uma ligeira apertada neste penúltimo episódio, quando o final se mostra realmente iminente e aquela sensação de que não veremos mais todos aqueles personagens que por bons anos foram nossos fiéis companheiros dominicais se torna presente. De minha parte, verdade seja vida, só sentirei falta mesmo é de Eric, que anda mais querido do que nunca, mas, de qualquer modo, essa turma deixará saudades.

Após muito drama, Bill resolveu não se curar. O que em um primeiro momento pode mostrar-se para lá de estúpido, passa a ganhar algum sentido quando ele se explica. Aliás, adorei a visita social que Eric fez a ele. Gosto quando os dois são bons companheiros, sentando-se em conversando normalmente, como se fossem velhos amigos resignando-se da perda de alguma paixão do passado. Sinceramente, não sei qual rumo essa história vai tomar. Por um lado, será bacana que ele se cure e viva feliz com Sookie para sempre, por outro, será honesto também se ele realmente resolver ser um mártir e morrer por uma causa que, vá lá, faz algum sentido. Acho que as coisas podem descambar para ambos os lados e, desde que os roteiristas saibam levar bem a situação, teremos um final satisfatório para este núcleo. Mas, é claro, muita encrenca há de pintar por aí.

O episódio foi cheio de momentos de resolução, típicos de capítulo final de novela das nove. Vejamos a saída de Sam, por exemplo, que assim como veio, partiu não se sabe para onde. Personagem totalmente apagado nesta temporada, deixou uma carta de despedida, outra de renúncia (é bem pouco plausível que um prefeito saia fugido dessa maneira, mas, tudo bem) e se mandou. Talvez tenha uma vida calma e de alegria pela frente, nunca saberemos. O jantar dançante no restaurante de Arlenne pareceu-me também algo bem final de novela. Todos felizes, confraternizando não se sabe bem o que, mas lá estavam eles sorridentes. 

No entanto, de todos os momentos de resolução, o mais profundo foi o de Jason, Hoyt e Jessica. Foi bastante irritante em alguns momentos, é verdade, mas foi interessante no geral. Acho inadmissível que alguém bata na sua porta, diga que já teve um caso com você, fato esse, ressalte-se, completamente alienígena em sua cabeça, e que você haja com total tranquilidade, sorria, apaixone-se e não fique seríssimo querendo saber de que raios esta pessoa está falando. E, mesmo depois de saber, que aceite isso com naturalidade. Mas assim foi. E, claro, como o mundo só dá voltas para voltar ao mesmo lugar, Jason acabou na cama com a atual/ex namora de Hoyt. E eu gostei bastante da cena dos dois na casa dele. Foi um bom diálogo e o mais incrível foi a mudança de temperamento de Brigitte. Enquanto namorava o outro rapaz, era chatíssima, irritante, beirando o insuportável. Na casa de Jason, minutos depois, nossa, que pessoa incrível! Bom papo, compreensiva, engraçadinha e determinada. Acho realmente lindas essas mudanças relâmpago de perfil psicológico que acontecem em algumas tramas. De qualquer modo, a questão parece estar solucionada e Hoyt realmente ficará com Jessica. Creio, em minha inocência, que Jason ficará com Brigitte que, por sinal, terá de cancelar seu voo para o Alasca.


A sequência final ficou um pouco mal explicada para mim. Primeiramente, qual o sentido de Pam querer pintar o cabelo de Sarah de loiro numa altura daquelas do campeonato? No mais, que sessão de cabeleireiro foi essa que deu tão errado que ela acabou acorrentada com uma enorme estaca ameaçando cair em seu peito e com o capitão japonesinho tão irritado? Talvez isso se explique no último episódio, mas até agora não fez sentido. E que raios de trepada foi aquela entre Ginger – que nessa temporada resolveu aparecer nos momentos mais improváveis possíveis – e Eric? Melhor nem tentar entender.

O que podemos prever, então, é que a confusão final envolverá japoneses furiosos em busca da princesinha, um Bill enfraquecido sem poder muito ajudar e um Eric dividido entre salvar Pam ou Sookie. Preparemos nossos corações, pois! Para maiores balanços e análises, é favor aguardar até a semana que vem. Até lá!

21 Ago 2014

Sobre o Autor

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Felipe Lima

Filósofo e Jornalista, amante das artes em geral e criador do portal Qualquer Bobagem. Um misto entre o óbvio e o nunca visto.
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