Você com certeza já deve ter ouvido falar de Downton Abbey, seja pela sua presença constante em premiações ou pelos comentários de sua legião de fãs. E com certeza sempre ficou com aquela pulga atrás da orelha de "será que a série é tudo isso mesmo?". O objetivo do quadro é colocar mais 10 pulgas atrás dela e te convencer a finalmente começar a assistir essa maravilha do Mundo Moderno!
10 - DIREÇÃO DE ARTE
Fotografia, Cenografia, Figurino e Trilha Sonora se complementam perfeitamente na criação do ambiente da série. Algumas cenas são dignas de serem enquadradas e colocadas em museus. Isso já pode ser visto na primeira cena, um plano sequência lindo que acompanha o trajeto de um trem pelos campos de Yorkshire. Outro grande exemplo é a abertura da série, o tema musical é empolgante e um ícone da série, nela se seguem varias imagens da casa, mostrando que o grande personagem da série é a própria mansão de Downton Abbey.
9 - TEMPORADAS/MARATONAS
A série possui um modelo de temporadas mais curto e diferente do habitual. São 8 episódios por temporada, sendo o primeiro e último com 1 hora e os outros com 47 minutos, e ainda um Especial de Natal de 1 hora e meia, que serve como uma Season Finale para a série. Sendo assim as 4 Temporadas contabilizam no total 34 episódios. E é essa característica que faz da série algo muito fácil de maratonar. Você começa e 4 semanas depois ela já terminou, te deixou depressivo e se sentindo órfão novamente. Isso se você conseguir se controlar e assistir apenas 1 episódio por dia.
8 - JULIAN FELLOWES
O Barão Fellowes de West Stafford é o criador, roteirista e um dos produtores da série. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, em 2001, por Gosford Park, também escreveu os roteiros dos filmes Jovem Rainha Vitória (2009) e O Turista (2010), e da minissérie Titanic (2012). De família nobre e casado com a sobrinha de um Conde, ele sabe muito bem onde está se metendo. E é essa segurança que faz do roteiro da série uma verdadeira jóia. Por exemplo, a esposa dele com a morte do tio e do pai não pode receber o título de Condessa, mesmo sendo a única herdeira, e essa impossibilidade das mulheres obterem títulos de nobreza é um dos principais temas abordados na série. Além disso a série tem um roteiro bem dinâmico e veloz em comparação a outras séries de época. Do primeiro episódio até o Especial de Natal da Quarta Temporada se passaram nada mais nada menos que 11 anos.
7 - IGUALDADE
Apesar de separados por um um jogo de escadas e milhares de Libras na conta bancária, os dois núcleos da trama - Família Crawley e Empregados - recebem de Fellowes a mesma atenção. Todos os plots são bons o bastante para terem vários minutos do episódio dedicados a eles, até mesmo o da ajudante da cozinha que todos desprezam. Então no final todos os personagens são muito bem explorados, e suas personalidades desenvolvidas tão bem que você sente que os conhece intimamente.
6 - FATOS REAIS
A série já começa com um dos fatos mais conhecidos da história contemporânea como pano de fundo, o Naufrágio do Titanic, a partir daí a série passa por fatos como a Primeira Guerra Mundial, a Gripe Espanhola, a Independência Irlandesa e o Plano Marshall. A presença desses fatos nos ajuda a entender como as pessoas daquela época reagiram e tiveram de se adaptar a essas mais diversas adversidades, além de ser uma ótima maneira de relembrar alguns conteúdos da aula de história.
5 - HIGHCLERE CASTLE
A série se passa inteiramente na propriedade dos Crawley que dá o nome a série, Downton Abbey, e que na vida real se chama Highclere Castle. O "Castelo" foi projetado pelo mesmo arquiteto do Parlamento Britânico - onde fica o Big Ben - e com a série se tornou um verdadeiro ícone. Eu como amante de arquitetura me delicio com as imagens, e as vezes me perco observando os detalhes do cenário. Eu com certeza não consigo ver uma locação melhor que esta para a série, a arquitetura é bem imponente e serve muito bem para transmitir ao telespectador a luxuosidade e o orgulho da nobreza inglesa do início do século passado - nessa época eles eram a maior potência mundial e o maior império da história. Com certeza meu ambiente favorito da casa é o imenso hall central, com suas arcadas góticas e a escadaria principal, é apaixonante. Mas não se preocupem, vocês não irão enjoar desse cenário, afinal a série também tem suas cenas gravadas na aldeia perto dele, e muitas vezes a família viaja para lugares como a Escócia, Londres e as praias do sul da Inglaterra.
4 - ELENCO INTEGRADO
A química entre eles é impressionantemente palpável, mesmo que os sentimentos fiquem escondidos por trás da máscara da etiqueta e regras da época. Todos os sentimentos ficam escondidos, mas mesmo assim nós conseguimos percebe-los, e eu acho que esse é o grande trunfo da série. Além disso é essa capacidade desses atores que fazem eles sempre figurarem nas premiações do Emmy e do SAG (Screen Actors Guild). Outro elenco que arrasa é o recorrente, aqueles atores que fazem participações em alguns episódios na temporada. Shirley McLane, Ian Glen (Jorah de GoT), Maria Doyle Kennedy (Sra. S. de Orphan Black), Theo James (Quatro de Divergente) e Rose Leslie (Ygritte de GoT).
3 - MAGGIE SMITH
A Atriz mundialmente conhecida por seu papel de Professora Minerva, em Harry Potter, é com certeza o grande destaque da série. Vencedora de 2 Emmys, 1 Globo de Ouro e 2 Prêmios do Screen Actors Guild, apenas pelo papel de Violet Crawley, a Matriarca da família. O personagem cai nela como uma luva, sempre se metendo nas decisões e nas mais diversas situações que a família passa. Nada escapa do seu conhecimento, muito menos da sua língua ferina. Ela com certeza tem os melhores diálogos da série, e uma extensa lista de frases épicas e tiradas cômicas (Uma delas inclusive foi copiada pela novela brasileira Lado a Lado). É a personificação da antiga Aristocracia Inglesa, orgulhosa, tradicional e com dificuldades de aceitar as mudanças da modernidade, e desse modo tem um papel centrar na crítica da série a sociedade da época.
2 - RECONHECIMENTO DA CRÍTICA
Downton Abbey possui no total 46 indicações ao Emmy, 8 ao Globo de Ouro, 12 ao BAFTA, 6 ao Premio Screen Actors Guild e 9 ao Premio Satellite. Dessas indicações a série levou 10 Emmys, 2 Globos de Ouro, 2 BAFTAs, 2 Premios Screen Actors Guild e 1 Premio Satellite. Sendo assim ela se tornou a série Britânica mais premiada nos Estados Unidos. No ano de sua estréia entrou para o Guinness (O Livros dos Recordes) como o programa televisivo mais aclamado pela crítica no ano, feito que Breaking Bad também conseguiu com a sua quinta e ultima temporada. E eu confesso que foi toda essa aclamação que me levou a assistir a série, e não me decepcionei nem um pouco. Aliás a audiência da série aumenta a cada ano, não só no Reino Unido, mas também nos Estados Unidos. Na exibição americana de sua terceira temporada foi contabilizada uma audiência geral de 24 milhões de espectadores, e apenas para termos uma noção, no mesmo ano a terceira temporada de Game of Thrones obteve uma audiência geral de 14 milhões de espectadores.
1 - PRODUÇÃO BRITÂNICA
Acho que nem precisava dizer mais nada. Séries Britânicas são sinônimo de qualidade, temporadas menores e aquele sotaque maravilhoso que eu amo e invejo. As vezes você passa meses indicando uma série para seu amigo, mas é só falar que ela é britânica que ele corre assistir. Parece que elas tem um feitiço, ficam escondidas da maior parte das pessoas, mas quando são descobertas elas te envolvem e te viciam completamente.
E aí, gostaram? Deu vontade de maratonar? Comentem!!!
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