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Unknown Unknown Author
Title: [REVIEW] HOUSE OF CARDS - S02E10: CHAPTER 23
Author: Unknown
Rating 5 of 5 Des:
Dirigido por Robin Wrigth (sim, nossa querida Claire) o episódio de número dez dessa temporada trouxe o natural agravamento da tensão n...

Dirigido por Robin Wrigth (sim, nossa querida Claire) o episódio de número dez dessa temporada trouxe o natural agravamento da tensão no cenário político. Chegamos a um momento da temporada onde tudo parece estar prestes a explodir. Tendo como pano de fundo uma questão militar envolvendo China e Japão sobre territórios próximos a Guam,  Frank tenta ao mesmo tempo lidar com os chineses, eliminar Tusk e apoiar Claire, que teve a vida ameaçada por um ex-militar que a culpa pelo aborto feito pela sua mulher.

O número de crises que Frank e seus capangas Doug e Seth tem de enfrentar é grande. Um deles é a indisciplina de Jackie. Para alguém uma vez considerada implacavelmente pragmática, Sharp está indo mal. É evidente que ela não está sabendo jogar. Não apoiar Claire no projeto de lei sobre o abuso sexual no exército e depois peitar Frank, o homem que a pôs no cargo, mostra uma inabilidade em saber lidar com a situação. E se já não estivesse ruim, sua ilusão no relacionamento com Remy agrava ainda mais sua situação. 

Nesse aspecto, espero que a série não seja inconsistente. O amor entre Jackie e Remy, pelo menos pra mim, nunca existiu. Seria incoerente demais ele não acatar as ordens de Tusk de ferir a liderança Democrata por causa de sua relação com Sharp. Veremos.


Continuando a trama mais fraca da temporada, Doug está abatido, começa a perder espaço e pode ser um problema futuro para Frank. Não seria exagero dizer que, talvez, os dias dele como chefe de gabinete estão contados. Suas falhas com Frank e seu apego à Rachel podem ser sua desgraça (e/ou a de Frank). O prestígio que Seth vem adquirindo e o contato de Rachel com Gavin (o hacker que, só agora, percebi que se parece com o Thom Yorke ) que resulta na última cena,  podem ser fortes indícios disso.

Já em relação ao atentado contra Claire vemos a solidez do casal Underwood. As consequências dessa quase fatalidade nos presenteou com cenas incríveis. A cumplicidade e admiração mútua deles é mostrada de forma clara quando, na cama, conversam sobre questões inusitadas e delicadas. Assistir a vídeos antigos de suas trajetórias, falar sobre Adam e até admitir que foi pego pelo segurança assistindo filme pornô, podem até parecer coisas sutis e banais, mas mostram com o casal Underwood é firme.

Aliás, um elemento importante na questão do atentado de Claire e que teve bastante destaque no episódio foi Meechum. O fiel segurança de Frank passou a ser o escudo de Claire e também proporcionou momentos interessantes. As conversas descontraídas (que incluíram até quebras de protocolo) que teve com seus patrões, em especial Frank, mostra que, dentre todos, é o segurança que se mostra uma válvula de escape para toda a tensão que o vice-presidente enfrenta em suas crises.  Para enfatizar meu ponto, dado o clima de relaxamento na conversa entre os protagonistas e Meechum, estava esperando que tudo acabasse em um épico ménage à trois. Infelizmente, meu devaneio não foi contemplado.


No arco central da temporada as coisas se complicaram ainda mais. Frank joga de forma audaciosa e, até imprudente, para tentar destruir Raymond Tusk.  A tática de, através de Seth, passar informações da ligação do cassino com Tusk e Xander Feng para a jornalista Ayla Sayyad é bastante arriscada. Mesmo que consiga atingir Tusk em cheio, as chances de que isso prejudique ele mesmo e o próprio governo é grande. Nunca antes Frank tinha assumido essa postura de se colocar na linha de fogo para atingir seu objetivo.

Assim, Frank terá que ter muita sorte e competência para evitar que sua estratégia se volte contra ele mesmo. O final se aproxima e o cerco começa a se fechar. A tensão aumenta em todos os fronts.

04 Abr 2014

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