“O melhor amigo de um filho é sua mãe” – Psicose
É com essa frase de Psicose, filme do qual Bates Motel é prelúdio, que quero abrir essa resenha. Acredito que esse episódio marca uma fase diferente da série, podemos perceber que os personagens estão se aproximando cada vez mais do filme, que tudo e todos estão se desenvolvendo até se tornarem os personagens que Hitchcock trouxe até a tela grande.
Em alguns episódios, da primeira temporada principalmente, a série parecia estar distante do filme, o que chegou a me incomodar um pouco. Entretanto nessa temporada tudo mudou. Podemos ver mais e mais traços de Psicose, a personalidade de todos mudou, e muito, já.
A respeito dos outros plots, eles também se desenvolveram bastante nesse episódio. Podemos ver Emma com seu possível parceiro romântico Gunner, o vendedor de drogas. Eles já construíram um clima muito interessante, o que agradou a mim e vários outros seriadores.
Já a (nova) parceira do Norman, parece uma Bradley 2.0, uma pessoa que sua mãe não aprovaria. Ela tenta entender o Norman, tenta “ajuda-lo”. Não vejo muita possibilidade de desenvolvimento dos dois em muitos episódios.
E o último possível “casal” do episódio, foi Norma e George. Eu o achei uma pessoa interessante, entretanto, ele não se afirmou muito na série, parece um figurante quando contracena com a Vera e não uma pessoa do elenco de apoio da série. Além do ator não ter uma atuação tão boa, pois parecia um pouco mecânica.
Pudemos saber graças ao episódio passado o porquê da Norma tratar o Dylan tão diferente, e nesse temos o confronto entre Dylan e seu pai e Dylan e sua mãe. Pudemos sentir como ele se sentiu por tanto tempo, nada mais do que uma “consequência”. A sua saída foi algo muito tocante também.
Entretanto, o ponto alto foi no final, quando Norma finalmente começa a ter lapsos e ter atitudes e agir com a sua mãe. Foi uma cena extremamente bem atuada, em que Freddie Highmore consegue, além de ter as mesmas expressões do ator que interpretou Norman em Psicose (Anthony Perkins), se parecer muito com sua mãe, “imitando” a atuação de Vera, também extraordinária.
Toda a tensão do episódio se resumiu a essa cena, não por culpa dos outros plots, mas sim pela cena intensa que ela foi. As falas foram extremamente fortes e intensas. O Norman se tornou sua mãe, as palavras, os detalhes que só ela conhecia, tudo, foi tão Norma!
Minha recomendação ao seriadores, é que assistam Psicose, pois a partir desse episódio é provável que mais referências sejam feitas.
P.S. As roupas dessa temporada estão demais.
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