Arrisco dizer que este The Grave é um dos melhores episódios da série até então, se aprofundando de forma absolutamente corajosa às profundezas da angústia em que se encontram estes personagens.
Corretamente o episódio reata a discussão entre o limite em que o ser humano precisa chegar para sobreviver naquela situação, o que, sem dúvida, é o carro chefe desta série.
Mas também não comete o erro de apenas conceder uma resposta fácil, aliás, não dá uma resposta, apenas nos mostra aquela realidade nua e crua. Chega, inclusive, ser cruel a frieza e objetividade que forma a linha de raciocínio onde Tyrese e Carol decidem o futuro de Lizzie, apesar de relutantes, a eliminação rápida das alternativas mais arriscadas definem esta dupla um grupo tão ou mais frio que Lizzie.
Aliás, garota esta que havia apontado anteriormente ser uma mini-Dexter, não posso deixar de comentar que nunca fiquei tão triste ao constatar que estava certo. Sendo protagonista e conseguindo levar o episódio nas costas, Carol também tem aqui o ponto alto da trama e chega a ser memorável quase todas as suas cenas, desde os segundos que espera para pensar se conta ou não para Tyrese sobre sua conduta na cadeia até a forma como bate na perna com a faca ao ver o que sua jornada havia levado. Mas, sem dúvida nenhuma, a cena que irá povoar meus pesadelos e minhas lembranças por um bom tempo será a sequência da morte de Lizzie, triste e melancólico na medida certa, tal qual foi a morte de Lori tempos atrás.
Engraçado o contraponto que este episódio nos trás em relação ao último onde temos um panorama mais otimista. Mas é aí que a série acerta, não há branco ou preto, tão pouco um caminho certo. Há apenas sobrevivência, nua e crua.
*Review originalmente publicada no blog CINÉFILO SANTISTA.
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