A premissa da série ficou bem explicada na breve introdução que Ross fez sobre a empresa e o papel de cada um dentro dela.
“E às vezes até funciona.”
O objetivo do caso parecia ser fácil, apenas fazer alguém voltar a desejar algo que um dia já quis. Mas assim que Clark explicou um pouco sobre o assunto, tomando como exemplo musicas e a tatuagem do garoto, ficou claro que isso não é tão simples assim. O seu discurso foi interrompido quando Ryan sentiu necessidade de explicar o seu ponto na história, a sua motivação e o seu lado, independente de qualquer ciência. Clark havia cometido o erro de subestimar as pessoas, baseado nos dados que colheu quando observou o jovem por alguns minutos. É isso que ocorre quando você concebe uma ideia sobre o próximo sem fazer questão de realmente conhece-lo. Foi bom mostrar que isso tem uma consequência para o outro, e que você deve, antes de mais nada, parar para ouvi-lo.

Se envolver demais com os clientes já está começando a se mostrar ser um risco. Após ouvir a história de Ryan, Clark acabou criando uma ligação muito forte com a relação de pai e filho, fazendo uma conexão com o seu próprio passado. A questão moral de todos então falou mais alto, e a equipe decidiu fazer algo bom, ou pelo menos tentar, afinal naquele momento não importava mais o que podia acontecer pois o futuro da empresa já estava comprometido. Clark se dispôs a fazer isso como gostaria que alguém tivesse feito por ele. É bonito ver como ele é humilde em admitir isso e ainda pedir ajuda. E novamente o ator conseguiu me emocionar, mesmo quando pensei em dar risada com o fato do Clark ser o louco da chaminé, a confissão que ele fez em seguida, ao governador, foi comovente.
Ao mesmo tempo que a apofenia é interessante e pode prevenir a pessoa em situações possivelmente perigosas, se mostra contraditória, ao fazer com que a pessoa sinta que existe algo maior, um contexto onde aquilo tudo faz sentido. Fazemos isso o tempo todo e não nos damos conta de tão comum que já se tornou. É o modo que encontramos para dar sentido às coisas, uma tendência criada para reconhecer e tentar oferecer um significado aos padrões. Foi ótima a forma como eles conseguiram unir esse tema a memória, no fim tudo fez sentido. Até mesmo na explicação maluca que Clark deu ao deputado ficou explicito que aquele momento não tinha a ver exatamente com ciência, se tratava de algo muito maior, de algo necessário a todos os interessados. Todas as famílias precisavam daquilo, a do caso, a da empresa e até mesmo a dos irmãos Edwards.
Esse ponto, da empresa estar sempre na corda bamba, faz sentido. Uma empresa nova, com uma proposta inovadora e que não deveria estar sob os holofotes, não tem como da noite para dia fazer sucesso e ter clientes por todos os lados. Exceto, é claro, se por acaso houvesse alguma mídia, mesmo que negativa, de uma parte parcial. Agora mais do que nunca vão aparecer diversos casos para serem explorados, ainda mais com a imagem que a empresa agora passa (sdds Olivia Pope & Associates). É realmente muito bom pensar que a série pode se encaminhar para qualquer lado, pois a matéria prima deles são as pessoas, e todos tememos e/ou desejamos algo. Para fechar o ciclo tivemos as palavras do jornalista contradizendo todas as ações que os mesmos fizeram por puro apreço.
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