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Daniel Oliveira Daniel Oliveira Author
Title: [REVIEW] LOST: IMPRESSÕES DA 1ª TEMPORADA
Author: Daniel Oliveira
Rating 5 of 5 Des:
Todo seriador tem sua primeira série, certo? Aquela que te faz entrar nesse mundo viciante e se empolgar querendo assistir mais coisas ...

Todo seriador tem sua primeira série, certo? Aquela que te faz entrar nesse mundo viciante e se empolgar querendo assistir mais coisas do gênero. LOST foi essa série pra mim, e acredito que pra muita gente que acompanhou o boom televisivo que ela gerou a quase 10 anos atrás (sim amigos, estamos ficando velhos). É um prazer poder revisitá-la agora para escrever esse especial, um bom tempo depois do seu encerramento. Dito isso, vamos a uma breve sinopse, mas antes, um aviso: por se tratar de uma review, haverão alguns spoilers da 1ª temporada.

LOST narra a história dos sobreviventes do voo 815 da Oceanic Airlines, que caiu numa ilha desconhecida no pacifico, enquanto fazia o trajeto de Sidney, Austrália, para Los Angeles, EUA. O intrigante é que essa ilha esconde muito mais do que aparenta. Mistérios, que fazem com que os sobreviventes vivenciem situações nunca antes imaginadas em suas vidas.


PERSONAGENS
Um dos fatores que impressiona em LOST é seu numeroso elenco, em grande parte formado por atores até então pouco conhecidos ou nunca vistos. Por serem sobreviventes de um voo, temos uma variedade grande de raças, nacionalidades, culturas, e isso é incrivelmente benéfico para a série graças ao excelente trabalho de roteiro, que falarei mais adiante. Jack é o doutor, automaticamente nomeado o líder do grupo por conta de seu conhecimento médico. Kate é a prisioneira. Charlie é o roqueiro. Sawyer o bad boy. Hurley o nice guy. Saiyd o soldado iraquiano. Locke o caçador. Claire a australiana grávida. Boone e Shannon os irmãos que não se entendem. Michael e Walt são pai e filho que não se entendem. Jin e Sun o casal de coreanos com problemas conjugais. E Rose, uma senhora que acredita fielmente não ter perdido o marido no acidente. Ah, e não posso esquecer Vincent, o labrador de Walt.

ROTEIRO
Lendo o parágrafo acima você facilmente poderia imaginar uma sucessão de estereótipos para cada um desses personagens. Não a toa, LOST proporciona isso a você em seu piloto de 2 horas (dirigido por J.J. Abrams, um dos criadores da série e diretor do novo e vindouro Star Wars). O diferencial aqui são os roteiros dos episódios, que apostaram em uma dinâmica (na época) totalmente nova para contar sua história: os flashbacks.

Cada capítulo traz um personagem específico no centro da trama. Conhecemos seu passado, o que faziam no "mundo real", quais foram as ações que os levaram a embarcar no fatídico voo, ou mesmo percebemos que alguns estavam mais próximos dos outros do que poderíamos imaginar. Essa dinâmica possibilita o desenvolvimento dos personagens de forma rica e detalhada. Cada um tem seus dilemas e motivações. O mais interessante é descobrir que muitas vezes o estereótipo que construímos de alguns deles está totalmente errado, e nos surpreendemos ao assistir os flashbacks. Isso acontece, por exemplo, com Michael, que achávamos ser um pai ausente por opção, quando na verdade circunstâncias trágicas o levaram a isso. Ou mesmo Locke, que em sua vida só vivenciou tragédia, mas que na ilha age como um "herói".


MISTÉRIOS
Ainda que a série seja essencialmente sobre personagens, foi com com os mistérios que ela tomou notoriedade. Na 1ª temporada tivemos a introdução do "monstro" (com seus sons perturbadores e indistinguíveis), as primeiras aparições dos "outros" e o sequestro de Claire e Walt, as perguntas em aberto a respeito da francesa Rosseau, os números e, claro, a escotilha. Tudo bem construído, em uma trama sendo desenvolvida pouco a pouco, em meio aos desenvolvimentos dos tramas pessoais de cada um. Nesse sentido é inegável que o ano 1 de LOST tenha sido impecável. Foi uma ótima introdução e uma sensação de quero mais ao término (quem não surtou com aquele final, descendo pelo túnel da escotilha, que atire a primeira pedra).

TRILHA SONORA
Por último, mas não menos importante, é preciso destacar a trilha sonora de Michael Giacchino (compositor hoje conhecido pelas trilhas de Star Trek e Up - Altas Aventuras). É raro uma série de TV trabalhar o som instrumental de forma tão marcante como LOST trabalhou. Quase todo personagem tem seu tema musical específico nessa temporada, que dava o tom de cada episódio, de cada flashback, atingindo o ápice em momentos de grande emoção. Ótimos exemplos são as cenas de perigo/aventura, o salvamento de Charlie, a morte de Boone e o nascimento de Aaron, a partida da balsa, ou mesmo quando vemos os momentos finais da partida do voo 815, no season finale. LOST não foi um boom midiático a toa, e a expectativa deixada para a 2ª temporada foi alta.

Mês que vem nos encontramos novamente, com a review do 2º ano. Até lá!

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25 Mar 2014

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