Comentários
Unknown Unknown Author
Title: [FLASHBACK] DOCTOR WHO - ARCO 005: THE KEYS OF MARINUS
Author: Unknown
Rating 5 of 5 Des:
Dessa vez a aventura começa em uma ilha misteriosa, onde o que deveria ser de uma forma é na verdade de outra um tanto quanto incomum e...

Dessa vez a aventura começa em uma ilha misteriosa, onde o que deveria ser de uma forma é na verdade de outra um tanto quanto incomum e fatal. Mas o grupo percebe que esse não é o verdadeiro perigo daquele lugar quando se depara com os Voord. A impressão é de que finalmente eles encontraram algo com uma forma física diferente dos humanos e de robôs, mas é através da descoberta do traje que tudo começa a fazer sentido.

E em meio a diversos riscos de morte eles conseguem escapar dos Voord e se veem expostos a um novo desafio – descobrir quem é Arbitan e o que ele quer. Um homem que sozinho carrega uma grande responsabilidade. Mas é só então após receber as respostas que eles notam o tamanho do problema que acabaram se metendo. E assim, de forma forçosa, começa a busca pelas chaves, essenciais para a liberdade dos mesmos. 


Tudo por conta de uma máquina considerada perfeitamente justa. Mas sobre qual parâmetro? Como poderia existir algo assim? Para tal, o conceito de bem e mal precisaria ser universal e absoluto. Assim todos haveriam de compartilhar do mesmo ideal e pensamento. Se tal arma é o necessário para a paz mundial e estivesse em nossas mãos, seria o certo usar? Não é de certo modo um roubo de cada pedacinho da consciência que nos faz único?

As viagens com os professores têm se tornado cada vez mais interessantes aos olhos do Doctor, a boa vontade continuava em baixa sendo quase sempre necessária uma chantagem, mas pelo menos a simpatia pelos mesmos aumenta a cada nova jornada. A química com certeza já se instalou. Não somente para com o Doctor, mas entre todo o grupo, tanto que mesmo com a ausência do dele (Hartnell estava de férias durante as gravações de The Screaming Jungle e The Snows of Terror) os episódios funcionaram muito bem.


A alternância de cenários trás, a cada novo episódio dentro do arco, novos elementos e personagens. Isso contribui sempre para uma nova carga dramática. O que funciona muito bem para não deixar o arco decair. A princípio temos um lugar onde a hipnose os leva a acreditar que esses podem ter tudo o que for de sua vontade. Uma ilusão que ganhava força através de uma forma de inteligência dos autodenominado mestres. Um tipo de consciência que conseguia obter o domínio do ser humano por completo. Porém por um acidente Barbara percebe toda a realidade e assim consegue salvar a todos, inclusive Altos e a filha de Arbitan, Sabetha.

Ian não se mostra muito esperto em relação à Vazor, mas isso se deu por conta da deslealdade que esse último demonstrou múltiplas vezes. Pois em diversas outras situações durante o arco Ian provou seu valor como companion, sendo muito útil e confiável ao tentar cuidar de todos. Mas sempre com os conselhos e ajuda de Barbara, principalmente em meio a todas as armadilhas e truques do local onde a terceira chave estava escondida.


Mas na busca pela quarta, e última chave, ele acaba sendo vitima de uma armação. Porém isso de pouco importa para as leis de Millennius, um lugar onde as leis parecem opostas as nossas. A princípio todos são culpados até que se prove o contrário, imagine só quão bom um advogado (ou qualquer outra pessoa disposta a representar e defender) teria que ser para salvar o acusado. E nesse caso ele é, pois estamos falando do Doctor. O toque de trazer um tribunal para Doctor Who e todo o espaço que o episódio (Sentence of Death) abriu para a discussão e reflexão sobre o sistema penal não pode ser exposto de outra forma a não ser brilhante.

Assim que o Doctor e seu grupo conseguem resolver as coisas perante o júri, todos voltam ao marco zero, e lá ainda têm o empenho de enfrentar novamente os Voord. E dessa vez eles obtêm pleno sucesso. O Arco tem um fechamento muito bom, unindo todas as pontas soltas e dando um fim a maquina que causou todo o alvoroço. Até mesmo um novo casal é formado. E tudo isso só foi possível graças a certo dispositivo muito semelhante ao usado, na nova versão da série, por Jake e River. Um protótipo criado já no quinto arco da série, quem imaginaria!


P.S.: Episódios sem o Doctor não são raros. Isso acontece também em Blink e Love and Monster, por exemplo, na versão de 2005 quando ele praticamente não aparece, como o Arthur Torres, que também está maratonando a série clássica, lembrou. Se você também tiver algum ponto que gostaria de compartilhar, por favor, fique a vontade para fazê-lo!

01 Mar 2014

Sobre o Autor

 
Top