Alguém quer café? Para levar no caminho?
Elementary saiu um pouco de sua rotina abordando mais de um caso e focando na história dos personagens, embora não tenha desenvolvido o procedural da temporada.
Não sei vocês, mas toda vez que eu vejo um episódio de Elementary eu termino com uma dúvida sobre ter gostado ou não. Apreciei “Corpse de Ballet” porque os casos foram diferentes e interessantes, mas me desanima perceber o quão a série tem se afastado da temática Sherlock Holmes.
Não pretendo desmerecer a série ou desanimar os demais fãs, porque não tenho intenção alguma de abandoná-la, mas ando sentindo há algum tempo que eu quero mais de Elementary. Sei que a série tem uma pretensão simplória e acertou na escolha de seus atores, mas já passamos da metade da temporada e não estou sentido este a mais necessário. Meu medo é que fiquemos nisso, só se entrega excelentes episódios na Season Finale. O problema é que precisamos de um conteúdo durante este meio tempo para garantir uma renovação.
Devaneios a parte, falemos do assassinato de Nell Solange. Este caso foi peculiar não só por envolver uma grande dançarina de balé, Iris Lanzer, de quem Sherlock era muito fã, mas também por ter uma série de indícios que demonstravam claramente uma incriminação. Além disso, tivemos um paparazzi sem escrúpulos algum e uma reviravolta que revelou um relacionamento entre as duas dançarinas, fato que não me ocorreu em momento algum.
Embora percebesse desde o início que o assassino era o advogado de Iris, Nolan, já que ele demonstrou um preciosismo em relação a sua cliente que me parecia obsessão, gostaria de ter tido um motivo diferente além de alavancar sua carreira de advogado. Enfim, um desfecho óbvio, mas com uma boa condução.
Quanto ao plot de Joan, eu gostei bastante pelo aspecto emocional. Apreciei bastante o gesto de Watson em não ignorar Gilroy, já que qualquer outra pessoa faria isso (tome-se por exemplo a atitude dos policiais responsáveis pela sua prisão). E de perceber o quão rapidamente ela percebeu o que estava acontecendo, porque eu mesma não estava conseguindo ligar o fato da mulher ruiva ter fingido ser irmã do Freebo e o seu desaparecimento. Acho que em termos de dedução e percepção, Joan ganhou de Sherlock em “Corpse de Ballet”.
Além disso, também ficamos conhecendo um pouco mais da história da Watson, já que ela é voluntária no abrigo dos sem tetos por causa da história do pai, que também vive nas ruas e sofre de esquizofrenia. Foi lindo o desfecho e serviu para criar mais um laço entre nosso protagonista e Joan.
E vocês, o que acharam de “Corpse de Ballet”?
Obs: Elementary retorna dia 27/02.