Creio que o 2º episódio de toda série tem o compromisso de mostrar ao telespectador que ela realmente pode ser legal e que vai valer a pena continuar vendo. É necessário manter um nível aceitável sobre o que foi visto no piloto, talvez não se igualar, mas pelo menos mostrar algo que seja interessante de se ver. Chuck faz isso, consegue entregar um segundo episódio não tão bom quanto o primeiro, mas na medida certa para conquistar a audiência.
Logo no começo vemos que Sarah despertou um encanto em Chuck, ao mesmo tempo em que assusta o rapaz com seu passado, algo que se transcorreria ao longo do episódio implantando a incerteza sobre as reais intenções da agente.
A grande preocupação da CIA e da NSA é que seus grandes segredos estão na cabeça de um “idiota” (coitado do Bartowski). Por isso, a missão do dia é encontrar um modo de tirar o intersect da cabeça do Chuck e deixar o rapaz viver livre brincando de torada com seu melhor amigo. É claro que esse plot era só um caminho para o verdadeiro foco do episódio, que era conhecer um pouco sobre a Sarah e o Casey.
O governo contrata um cientista para entender como o intersect funciona e descobrir como ele pode ser removido. Mas como nem tudo são flores, eis que o carro do cientista explode e ele acaba sendo dado como morto, acabando com qualquer esperança que o Chuck pudesse ter de tirar o intersect do seu cérebro.
A atmosfera de dúvida e suspense criada no episódio é ótima, você fica confuso sobre em quem realmente deve confiar porque, como vimos no flash de Chuck, a Sarah pode não ser tão boazinha como parece, mas o Casey também tem grandes chances de ser o grande vilão (e ele tem cara de vilão). Por isso ficamos com a pulga atrás da orelha sem saber se devemos acreditar no cara mal que rosna e tem jeito de assassino, ou na badass, porém doce espiã. E essa dúvida acontece também entre os próprios personagens em foco, o que nos deixa ainda mais confusos.
Depois de dois carros explodirem e agentes “parceiros” lutarem entre si, vamos a parte comédia do episódio. Porque Chuck é assim, fica alternando entre a ação e a comédia a todo o momento, e nós adoramos isso.
Pela primeira vez vemos as duas vidas de Chuck - família e espionagem - juntas em um mesmo espaço. Chuck leva Sarah para conhecer a família, bom, na verdade ela chega sozinha, pois pelo que suspeitamos ela provavelmente que matar todo mundo. Nessa hora podemos nos deliciar com o Chuck totalmente atrapalho e desesperado que é maravilhosamente interpretado pelo Zachary Levi.
O Chuck pode até ter a aprovação da irmã quanto a nova namorada que conseguiu, mas antes ele precisa ter certeza de que a Sarah não vai matar toda a sua família no jantar com uma sobremesa. Então vamos destruir a sobremesa!...Tsc, tsc, tsc, isso não se faz Chuck.
Confesso que mesmo depois da revelação de Sarah, ainda não fiquei totalmente convencida da inocência dela, mas ai ela é sequestrada pelo morto que na verdade está vivo e...ahhh, agora sim.
O Casey falha com seus quiches e o Chuck é quem oferece uma solução para encontrarem a Sarah, porque além de gritar de medo e ser salvo constantemente, ele também ajuda nas missões com sua nerdisse. É ótimo de se ver como ele estraga e depois conserta tudo com seu jeito atrapalhado e seu amor por coisas nerds, que o permite até controlar um helicóptero. É claro que nada daquilo teria acontecido se ele ficasse no carro, mas como sabemos, o Chuck simplesmente não fica no carro.
O episódio termina de um jeito meio triste por conta do velório do Bryce que é acompanhando pela linda música Challengers do The New Pornographers. Gosto de ver a facilidade que a Yvonne tem em chorar, porque se tem uma coisa que me incomoda é ver cenas em que os personagens “soluçam” de tanto chorar, mas não derramam nem uma lagrimazinha sequer.
Para fechar com chave de ouro, a General Beckmann diz que uma hora ou outra o Casey terá que matar o Chuck e que por isso ele não pode ficar muito "confortável" com a siuação. Ainda bem que essa hora demorou a chegar, porque se ele recebesse a ordem ali, não duvido nada de que o Casey eliminaria o Chuck.
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