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Verônica Martucci Verônica Martucci Author
Title: CANTINHO NERD: Crítica #11 - Moonrise Kingdom
Author: Verônica Martucci
Rating 5 of 5 Des:
Wes Anderson é um diretor que, definitivamente, tem uma marca própria em cada produção que tem seu nome assinado. Seja no uso das cores f...

Wes Anderson é um diretor que, definitivamente, tem uma marca própria em cada produção que tem seu nome assinado. Seja no uso das cores fortes e bem distribuídas em cada mínimo detalhe do filme, seja na criação de personagens que fogem fora do padrão, mas que sempre possuem uma “esquisitice” agradável que determina sua personalidade, suas características como diretor estão sempre presentes, o que divide bastante o público e o torna um cara de personalidade.

Em “Moonrise Kingdom” (2012) temos mais um pouco do seu estilo já consagrado na tela. A produção é impecável, com um cenário cheio de belas paisagens, e chama a atenção graças à fotografia cheia de vida, que deixa o filme com um tom agradável a cada combinação de cores tanto no figurino quanto na pintura da casa.


O filme começa já causando grande interesse, apresentando brevemente a história de um pequeno escoteiro que, subitamente, foge de seu acampamento. Paralelamente, vemos a história de uma garota que vive com seus pais e irmãos, sempre com um binóculo nas mãos observando a janela e de cara fechada. Claro, as histórias se cruzarão, e a partir daí começa a mostrar seu encaixe. O casal, interpretado pelas duas crianças, mostra uma sincronia incrível, cativando os espectadores logo em seu primeiro encontro.

Aliás, uma grande sacada do filme com certeza foi essa: usar duas crianças no papel principal, sendo que o elenco de apoio possui nomes poderosos (Ed Norton, Willys, Murray , Swinton, Keitel bigodudo e McDormand quase num mesmo papel de um filme dos Coen). Admito que, muito antes do filme ser lançado, me interessei pela produção justamente por ter um elenco tão sensacional e assim caí na armadilha. Bom, uma armadilha um tanto boa, até porque as crianças surpreendem e caracterizam muito bem o comportamento problemático e, ao mesmo tempo, o lado doce de seus personagens.  

                                      

“Moonrise” consegue entrar na lista de filmes fofos com facilidade. Certamente não se deve assisti-lo pensando numa comédia ou romance com a fórmula de sempre, mas de certa forma os dois gêneros estão presentes ali de uma forma mais original. O lado cômico fica por conta da peculiaridade e se estende até as feições de cada personagem (principalmente de Sam, o escoteiro fugitivo) e o romance na fuga do melancólico casal, que encanta durante uma dança desengonçada que arranca não uma gargalhada, mas aquele sorriso de lado cheio de satisfação, mostrando um romance puro nascendo, enquanto a vida dos adultos da história gira em torno de tantos conflitos.


Longe de ser uma superprodução aclamada ou divulgada pela mídia, vale a pena pegar para assistir esse filme quando quiser ver algo rápido, cativante e que vá deixar aquela sensação serena de reviver o lado infantil e de sentir a descoberta de algo estranhamente encantador!

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