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Raphael Gomes Raphael Gomes Author
Title: CANTINHO NERD: Crítica #5 - Invocação do Mal
Author: Raphael Gomes
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Uma família se muda para a casa dos sonhos, mas nem tudo são flores, e a família começa a presenciar situações paranormais. Assustados co...
Uma família se muda para a casa dos sonhos, mas nem tudo são flores, e a família começa a presenciar situações paranormais. Assustados com os eventos chamam especialistas para ajudá-los a se livrar desse mal. Roteiro original? Nenhum pouco, você consegue achar milhares de filmes com a história parecida. Mas eis que surge James Wan para dirigir e isso, com certeza, foi o que transformou um roteiro batido em uma obra prima.

Somos apresentados, no começo do filme, a Ed e Lorraine Warren, um casal que investiga casos paranormais. E conhecemos o caso da boneca Annabelle, que é um canal para manifestações paranormais. A boneca em si já é bastante assustadora, sendo ainda possuída por uma entidade, é demais. Já teria dado um jeito nessa boneca faz tempo, na verdade eu nem teria aceitado esse presente, muito menos permitido um espírito de possui-la, mas enfim. E enquanto conhecemos mais sobre o trabalho e a relação do casal, vemos como as manifestações na casa vão se tornando mais macabras. Uma das melhores sacadas do roteiro está exatamente ai, na forma como conseguem dosar muito bem as duas histórias, não deixando que uma ganhe mais destaque, e nos deixando envolvidos tanto com o casal quanto com a família.


Depois de ficar presa no porão, numa sequência maravilhosa de sustos, Carolyn, mãe da família, decide então pedir ajuda ao casal. Lorraine é uma médium e percebe que as entidades estão se alimentando do medo da família, e não largarão eles com facilidade. E é a partir de então que o filme fica fantástico. O erro da maioria dos filmes de terror atual sobre entidades/espíritos é arrastar uma investigação simples durante todo o filme. Isso deixa o filme chato e na maioria das vezes a explicação é fraca e forçada. Aqui não, a investigação é rápida e em uma cena já sabemos tudo que aconteceu na casa e porque, dando espaço então para a grande pergunta: Como livrar a família dos espíritos?

Um exorcismo, claro, mas a Igreja só faz isso com provas. Então todos eles partiram para tentar gravar, fotografar ou capturar de alguma forma algo que possa ser usado. Claro que não ia ser nada fácil, afinal, fantasmas são tímidos e não gostam de aparecer em fotos por ai. Claro que após o filme, nunca mais estenderei um lençol no varal ou olharei dentro do meu guarda roupa com tranquilidade novamente, mas valeu a pena.

O elenco por si só já salvaria qualquer filme, Vera Farmiga está brilhando no papel de Lorraine, e nos deixa tanto com medo quanto emocionados em varias cenas, apaixonado por ela cada vez mais. Patrick Wilson muito bom como sempre, e pelo que parece está virando o queridinho do James Wan, espero que isso se transforme em algo tipo Deep/Burton. Lily Taylor me surpreendeu no filme, embora sua personagem seja bem apática. E pobre Ron Livingston, quase teve que brigar para aparecer nas cenas.



O filme usa e abusa do terror psicológico, os momentos de tensão que antecedem os sustos são muito bem utilizados e você tem que ficar alerta todo o tempo para não ter um infarto. Adorei a forma de não utilizarem muitos efeitos especiais para assustar, a maioria dos sustos são feitos com coisas simples, homenageando as antigas e eficientes formas de assustar. James Wan está salvando um gênero que estava quase morto, (lembrando que ele foi o diretor do ótimo Sobrenatural e da sua sequência que estreou esse mês nos EUA) sua ótima forma de criar tensão e timing perfeito para os sustos fazem desse filme um dos melhores dos últimos anos. Super indicado, e se não puderem ir ao cinema, assistam sozinhos, no escuro e com o som BEM ALTO.

"Você tem um monte de espíritos aqui mas há um que eu estou mais preocupada, porque é tão cheio de ódio" - Lorraine Warren

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