É nessa ideia que o filme “Se Enlouquecer Não se Apaixone” (It’s Kind of a Funny Story, – bem melhor em inglês - 2010, direção e roteiro de Anna Boden e Ryan Fleck) vai mostrando a história de Craig, um garoto de dezesseis anos que quer se suicidar porque... SEI LÁ. É, é isso mesmo. Ao passar por uma ponte, o garoto (interpretado pelo jovem e não tão conhecido Keir Gilchrist) sente vontade de pôr fim em sua deprimida vida ali mesmo, mas não consegue e, com medo do que possa fazer, vai até um hospital e diz que precisa de remédio para ajudá-lo. Após desabafar com o médico que o atend , Craig é encaminhado para a ala psiquiátrica do hospital, onde o garoto deve ficar por cinco dias completos.

O cenário me lembrou bem de leve “Um Estranho no Ninho” devido a diversidade de personagens e a ambientação, mas Jack Nicholson se divertiria bem mais aqui. Até porque “Se Enlouquecer...” é um filme leve. Não tem nenhuma grande atuação, não é uma super produção, não é um filme SUPER em algo. São quase 1h40 de muita doçura (com uma trilha sonora de Queen à The xx), de sentimentos novos e pessoas que você nunca viu na vida te mostrando um novo caminho. Se você alguma vez se sentiu deslocado, pressionado pela própria vida e sem saber quais direções seguir, com um amor platônico bobo que o deixa mais confuso e sem conseguir um bom diálogo com seus próprios pais e amigos, você pode se identificar com o Craig.

A história pode soar algo que você já viu em outros filmes ou algo muito teen, mas não cai na mesmice de falar sobre bullying, isolamento social ou ser tão fútil. Craig é um garoto que tem amigos, que vive bem e que não é ridicularizado em sua escola. Seu problema, ao mesmo tempo em que se mostra simples, também é complexo. Afinal, quem nunca se sentiu perdido? Não é algo que passa de um dia para o outro; é algo que você não sabe como resolver e te deixa pra baixo. Se faltar orientação e alguém pra conversar, isso vai te consumir até o talo, e aí em alguns casos pode ser o fim mesmo.
Craig está apenas perdido e quer se encontrar. Quando pensou em se matar, ele não o fez porque sabe que só traria mais problemas, mas não só por isso; ele ainda tinha esperança de sair dessa bad, e graças a isso temos uma história pra refletir e ver que, se a maré pode estar ruim, ela também pode melhorar.
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"Okay, I know you're thinking, "What is this? Kid spends a few days in the hospital and all his problems are cured?" But I'm not. I know I'm not. I can tell this is just the beginning. I still need to face my homework, my school, my friends. My dad. But the difference between today and last Saturday is that for the first time in a while, I can look forward to the things I want to do in my life." |
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