Remember-me é um game de ação e aventura em terceira pessoa. Desenvolvido pela Dantnod e Pulicado pela Capcom, foi lançado dia 04 de Junho para PS3, Xbox 360 e PC. O game foi anunciado em 2011 na Gamescom com o nome de Adrift. Remember-me é a nova aposta da Capcom pra conseguir sair de franquias que muitos já estão cansados de ver, assim como Resident Evil, é um dos poucos jogos AAA que eu não acompanhei até seu lançamento e não tinha muita fé que iria ser um bom jogo, e realmente não deu certo.
O game se passa em Neo-Paris no ano de 2084, logo após uma crise, que praticamente destruiu a cidade inteira, surge Memorize, uma empresa que salvou a população, usando uma tecnologia denominada Sensen, ela armazena, apaga e transfere memórias, a população ficou viciada em Sensen, transformando em drogas, armas, e outras coisas, com esse vicio todo algumas pessoas pegaram certa infecção, que acontece em bairros mais pobres da cidade, deixando as pessoas com aparências estranhas, lembrando zumbis.
Você joga com Nilin, uma caçadora de memórias, a melhor e mais famosa da cidade, que seu objetivo é destruir Memorize e ao mesmo tempo descobrir quem é o que fez, e porque fez, já que metade de sua memória foi apagada. Com esse objetivo Nilin entra para um grupo de Errorists, um grupo rebelde. Se você perceber as ideias é muito bom e chega ser originais comparados a jogos normais dessa geração, seja na história ou na jogabilidade, mas nada é aprofundado e nem executado com sucesso. O game tinha uma ideia de fazer com que Nilin entrasse nas mentes das pessoas podendo alterar o que ela fez, e assim mudando o futuro dessa pessoa, a habilidade é chamada Memory Mix é com certeza é uma das coisas mais divertidas de todo o game só que ainda assim é confusa e estranha de se mexer.
O game não passa de grandes ideias mal executadas. Existem horas em que entre capítulos você entra em monólogos de Nilin, isso é legal, pois é bem escrito e te aprofunda mais na historia. Já em outras horas as coisas são contadas rapidamente e sem muitos detalhes, fazendo o jogador entender que o escritor estava com pressa de acabar, ou partir logo para outro capitulo do game. O combate é uma das coisas que mais irritam no jogo, sem duvidas. No game você ganha pontos a cada combo e morte que você faz, e com esses pontos você abre golpes novos e pode fazer seus combos, entre os golpes estão de regeneração de saúde, socos e chutes mais fortes, passar o tempo mais rápido pra poder usar seu especial entre outros. Só que existe um problema, há uma barra que a cada botão que você aperta aprece nela, e é pra dar continuidade no combo, só que o jogador se confunde muito fácil, pensando que é o que você tem que fazer e não o que está fazendo. A câmera é outra coisa que irrita, seja nos parkours ou no meio de combo. No game você morre muito fácil, cerca de 4 golpes de inimigos normais e já era, só que antes de cada golpe aparece um ponto de exclamação em cima quando o inimigo vai atacar, semelhante a Batman Arkham City, só que não existe contragolpe e somente os desvios, só que a câmera pode atrapalhar e não mostrar onde o inimigo está muito menos quando ele vai dar o golpe, e com isso ocasiona sua morte.
Os loadings são demorados, mas é explicado facilmente com seus gráficos bonitos e uma direção de arte impecável. A dublagem e trilha sonora são muito bem feitas, lembrando que a dubladora de Nilin é a Kezia Burrows. Os personagens quase nenhum são memoráveis, os únicos mesmo são Nilin e Edge, o líder dos Errorists que te ajuda durante o game. No parkour do game existe uma flecha laranja apontando para onde o jogador deve ir isso pode ser estranho, pois o jogo praticamente chama você de burro, quem está acostumado com jogo assim, Tomb Raider ou Uncharted, sabe onde é certo pular e onde é morte certa, e o jogo deixa explicito onde tem que ir, pode ser na sua frente mas ele ainda vai continuar apontando. A jogabilidade seja da própria personagem principal como câmera e Memory Mix são estranhas de se controlar. No game passamos por esgotos, prédios, ruas, favelas, até outros lugares, isso não tem como reclamar, é realmente bem variado e detalhado.
Nota: 6.5/10
Remember-me podia ser um dos grandes games de 2013 que tiveram pouco marketing, e podia salvar a Capcom de franquias genéricas, mas não é isso o que acontece. O game é bem contado e com uma trama que prende o jogador até o fim, mas é tão mal executado que até mesmo quando era pra ter emoção ou se surpreender você já sabe o que iria acontecer por furos no enredo. Nilin é uma boa personagem, mas seu combate não é nem um pouco bom, fazendo o jogador se irritar e tentar desistir de jogar, ou continuar pra se livrar do game. A câmera é boa em certos momentos, mas não é bem posicionada. Se vale a pena? Com tanto jogo com que 2013 está tendo, creio que Remember-me não se encaixa no meio deles.
