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Title: Impressões Gerais - Orange Is The New Black
Author: Felipe José
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A primeira vista um observador desatento poderia confundir Orange Is The New Black com American Pie, com cenas picantes, bom humor e Jaso...


A primeira vista um observador desatento poderia confundir Orange Is The New Black com American Pie, com cenas picantes, bom humor e Jason Biggs no elenco essa seria a comparação mais sensata a se fazer. A nova série da Netflix, contudo, vem carregada de uma coisa que o besteirol americano não tem: um bom drama.
Da mesma criadora de Weeds, OITNB, que é baseado num livro memoir da americana Piper Kerman, conta a história de Piper Chapman uma mulher que tinha de tudo pra ser uma pessoa comum mas acaba na prisão por culpa de seu envolvimento com uma traficante. A história então segue suas desventuras como mulher de classe média enfrentando uma vida completamente diferente na prisão.


Como era de esperar essa premissa traz uma vastidão de conflitos a serem explorados, não só dentro da prisão como também fora dela. Todo episódio traz consigo um pouco do passado das presidiarias, no primeiro por exemplo descobrimos que Piper era lésbica e namorava com a traficante com quem se envolveu. Nos outros episódios chegamos a conhecer uma transexual que teve problemas com cartões de credito falsificados, uma chef que para pagar dívidas cedeu seu restaurante a trabalhos obscuros, dentre outras presidiarias que apesar dos pesares vão nos conquistando com suas histórias de vida. 
lém dos conflitos essa premissa abre espaço para situações muito bem humoradas, desde o humor negro entre os vários guetos da prisão ao humor clichê da mulher branca de classe média tendo que lidar com circunstancias (e pessoas) que fogem do seu mundinho.
O drama bem dosado com as pitadas de comédia tornam OITNB uma boa pedida pra passar o tempo. Não espere ótimas atuações (já falei que Jason Biggs está no elenco?), nem uma direção 100% competente (embora boa não chega a ser impecável), pois a série é puramente roteiro. Um roteiro ágil e dinâmico que aborda religião, amor, amizade, problemas sociais, egoísmo e principalmente solidão com maestria. Um roteiro que sabe como trazer à tona toda a profundidade e tensão desses temas e ao mesmo tempo nos fazer rir sem parar. E o mais impressionante de tudo isso é que a ótima abertura com a música “You’ve Got Time” de Regina Spektor é tão irreverente e profunda quanto a série em si, o que a torna desde já uma de minhas aberturas de série preferidas.
Depois dos 13 episódios de OITNB garanto que qualquer um vai ter rido muito, feito novas reflexões sobre a vida e a prisão e garanto, sobretudo, que todos estarão ansiosíssimos pra próxima temporada.




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