Se tinha uma coisa que me irritava muito ano passado, era quando alguém começava a comparar a nova febre do momento “Sword Art Online”, que eu acompanhava fielmente, com um tal de “BTOOOM!” que também havia estreado a pouco tempo.
Ok, continuo não gostando tanto das comparações, mas se tem uma coisa que posso dizer sobre “BTOOOM!” é: PQP PORQUE NÃO VI ANTES MEU DEUS??!!!
O tema “jogos onlines” abordado nos dois animes é o que motiva tantas discussões entre os fãs, contudo basta analisar a premissa de cada um para notar o quanto são diferentes. Enquanto “SAO” é sobre um jogo VIRTUAL no qual as pessoas podem entrar e por caprichos do criador acabam ficando presas até conseguir completa-lo, em “BTOOOM!” um grupo de pessoas de idades variadas é jogado numa ilha para participar de um jogo REAL de matar ou morrer com bombas especiais conhecidas como BIMs.
Se fosse para comparar eu diria que “BTOOOM!” parece muito mais com o mangá “Battle Royalle” do que com o anime “SAO” e quando digo isso também incluo a violência e o erotismo desse, embora em doses homeopáticas.
Para os leigos no assunto, “BTOOOM!” é um Jogos Vorazes com bombas, onde os participantes são obrigados a matar uns aos outros para conseguir um total de 8 chips (7 inimigos + o seu) e poder sair da ilha de volta para sua vida normal. Acontece que aqui a vida dessas pessoas não é tão normal assim, não, eles não vivem em colônias que precisam de alimentos nem nada disso, mas à medida que a história se desenrola os protagonistas vão percebendo que cada um dos que estão ali (inclusive eles) fez algo muito ruim para alguém ao ponto de desejarem a sua morte.
Conhecer o que levou cada um aquele lugar lembra um pouco “Lost”, com direito a flashbacks pontuais e interessantes, mas se tem algo que vai mantê-lo grudado na tela é a astucia do personagem principal Ryota Sakamoto. É verdade que as vezes a forma mastigada como os acontecimentos são apresentados acaba atrapalhando nossa percepção disso, mas como melhor jogador japonês do jogo virtual que inspirou a loucura que está vivendo, Sakamoto pode contar com uma boa dose de experiência para lidar com os diferentes tipos de BIMs (desde teleguiados a cronometrados) e tentar manter com vida não apenas ele como também a atormentada Himiko e o simpático Taira, duas pessoas que conhece na ilha com o qual já cria grandes laços.
“BTOOOM!” é baseado na obra de Junya Inoue, teve uma primeira temporada de 12 episódios (com o mangá ainda em lançamento) e não se sabe ao certo se terá uma segunda temporada, embora seja o esperado que anunciem pro ano que vem.
O mais surpreendente sobre ele é como uma história com uma premissa tão egoísta de matar ou morrer, no final, se prova uma grande e bonita reflexão sobre ajudar os outros, respeita-los e acima de tudo: nunca esquece-los.
E falando em "não esquecer" eu não posso deixar de comentar a ótima abertura que vocês podem conferir abaixo:
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